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Mulheres vão às ruas em 16 Estados

Milhares de pessoas participaram nesta quarta-feira, 8, Dia Internacional da Mulher, de atos contra o machismo e por diversas causas feministas em pelo menos 16 Estados e em Brasília. A ação ganhou clara inspiração de marchas pelo mundo e teve forte apoio nas redes sociais.

Divulgada via web praticamente, a manifestação no Centro do Rio, por exemplo, foi promovida por mais de 60 entidades de classe e estudantis, além de partidos políticos, e fez parte da Greve Internacional das Mulheres, iniciativa adotada em vários países como forma de protesto por direitos femininos. 

A Polícia Militar não divulgou estimativa de público, que, segundo organizadores e policiais presentes, variava entre 8 mil e 15 mil pessoas. A multidão se reuniu ao redor da Igreja da Candelária, na Avenida Presidente Vargas, e seguiu pela avenida Rio Branco e pela Rua da Assembleia até a Praça XV.

Houve encenações teatrais e apresentação de uma bateria composta por mulheres. Ao final, cada trecho de um manifesto foi lido por uma mulher. O texto cobrou igualdade de direitos e fim do preconceito, além de também tratar de questões da política nacional. “Hoje é um dia importante, mas nossa luta é todo dia. Precisamos provar que não somos só peito e bunda. Pensamos, trabalhamos e temos direitos”, afirmou Mara Silveira, de 23 anos, estudante de Medicina na Universidade do Estado do Rio (Uerj).

Cerca de 80% dos participantes eram mulheres, que fizeram discursos e gritaram em coro palavras de ordem em favor da descriminalização do aborto, por outros direitos e contra o machismo. “Nem recatada nem do lar / A mulherada tá na rua pra lutar” foi um dos coros.

Sé. Em São Paulo, os coletivos feministas fecharam a Avenida Paulista e vias na região da Sé. A publicitária Vânia Feigol, de 31 anos, disse que a razão de as mulheres estarem na rua é a necessidade de respeito. “Viemos aqui para unir forças. É preciso tanto conseguir respeito para andar na rua sem medo de assédio quanto para ter salários iguais e as mesmas oportunidades”, afirmou. 

A educadora Luciana Nobre, de 32 anos, destacou a falta de participação dos homens. “No meio da passeata, havia aquele monte de gente, mas mulheres. E os bares estavam cheios de homens. Achei que tinha acontecido algo na passeata, porque todos olhavam para a TV. Era um jogo, do Barcelona. É uma alienação!” 

Fonte: O Estado de São Paulo

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