Seguro do carro pode ficar até 15% mais barato
Especialistas no tema indicam pesquisa e recomendam a adesão
apenas a serviços essenciais oferecidos pelas seguradorasO valor gasto anualmente no seguro do automóvel costuma ser uma
alta despesa com o carro na composição do orçamento dos consumidores. Dependendo
do risco e do perfil do assegurado pode chegar até a 10% do valor do automóvel.
Mas com práticas simples,como pesquisa de preços entre diversos corretores e
eliminação de serviços extras da apólice que o assegurado não utilizará, é
possível obter descontos de até 15%, dizem especialistas.
“O modelo de precificação do seguro do automóvel leva em
consideração muitas variáveis. É importante pesquisar em várias seguradoras”,
diz o presidente da Comissão Atuarial da Confederação Nacional das Empresas de
Seguros, Almir Martins Ribeiro.Essa pesquisa entre várias seguradoras é o papel do corretor,
que tem por obrigação apresentar diversas propostas de seguros e mostrar o
custo-benefício de cada uma delas. Ao consumidor cabe pesquisar em mais de um
corretor os seguros. Isso porque as comissões pagas aos corretores podem variar.
“Normalmente existe muita variação de preço nos mesmos serviços”, diz o diretor
do produto Automóvel da HDI Seguros, Fábio Leme.
Em relação aos serviços extras atualmente oferecidos pelas
seguradoras, a lista é grande, passando por limpeza de calhas, serviço de
chaveiro, reparo ou substituição de vidros, faróis e retrovisores, descontos em
redes de estacionamento e uso do carro reserva por mais dias em caso de
sinistro.É unanimidade entre os especialistas que na hora de contratar o
seguro é preciso entender o que tem na apólice.
Um exemplo é o uso do serviço de assistência 24 horas. Caso o
consumidor não viaje muito não é preciso contratar uma assistência com uma
amplitude de quilometragem muito grande. É possível escolher uma apólice mais
simples, que cubra a assistência até 200 km.”Alguns serviços são oferecidos gratuitamente. Outros podem ter
custo específico”, diz o superintendente executivo da Bradesco Auto, ao comentar
sobre o seguro da empresa. “Com a pesquisa em diversas seguradoras e o
entendimento dos serviços que efetivamente serão utilizados, a redução do preço
pode chegar a até 10%, 15%”, calcula Leme da HDI Seguros.
Ribeiro, da Confederação Nacional das Empresas de Seguros,
lembra que alguns seguros são importantes na apólice, como o contra terceiros e
o de responsabilidade civil. “Basicamente existem duas formas de reduzir o
preço: diminuir a cobertura, que pode englobar, por exemplo,incêndio, ou
aumentar o valor da franquia que será paga em caso de sinistro”,explica o
diretor de automóveis do grupo segurador Banco do Brasil Seguro e Mapfre, Japis
Alexandre.Apesar de a maioria dos contratos atualmente prever o pagamento
do valor de mercado do carro, vale lembrar que algumas apólices têm um valor
fixo no caso de haver sinistro. “Em geral, seguros para valores fixos são mais
caros do que os que pagam o valor de mercado”, diz Ribeiro.Segurança. Idade, local da moradia e até fabricante do carro
são levados em conta na hora de montar o perfil, mas o índice de roubos na
maioria das vezes é um dos itens principais na composição do preço,
principalmente em grandes cidades. Por isso, tudo o que diminui a probabilidade
de roubo conta na hora da cotação.
“Travas e rastreadores devem ser informados pelo contratante e
podem reduzir o valor do seguro, quando não se trata de um automóvel em que a
seguradora já exige o uso de algum rastreador”, explica o assessor técnico da
presidência do Sincor-SP, Marcos Pummer. A utilização de garagem e
estacionamentos para a pernoite e no trabalho e faculdade também colaboram para
baixar o preço.Pummer lembra que o barato nem sempre é o melhor negócio. É
importante contratar um corretor que vai ajudar caso haja sinistro, pois
asseguradoras podem se negar a pagar o valor se informações incorretas forem
fornecidas apenas para baratear o serviço.14 milhões de apólices de seguros de carros foram contratadas
em 2011, até novembro R$ 22 bilhões de prêmios em seguros de automóveis foram
emitidos no decorrer deste ano
Fonte: CQCS