Seguradoras estão mais otimistas
Quase 90% dos CEOs do setor mudam estratégias para captar, reter e fidelizar mais clientes
Os presidentes das companhias de seguros estão otimistas sobre as perspectivas do setor nos próximos 12 meses – cerca de 90% está confiante sobre o crescimento das receitas. A conclusão é da pesquisa “16th Annual Global CEO Survey”, realizada pela PriceWaterhouseCoopers.
Mas a pesquisa levanta algumas questões sobre se as suas organizações estão se movendo rápido o suficiente para manter o ritmo com as mudanças de aceleração e potencialmente perturbador no mercado, muitos dos quais estão sendo originadas de fora do setor. Apenas 16% estão planejando as mudanças estratégicas fundamentais que possam ser necessários. E 58% dos líderes da indústria expressaram preocupações sobre a mudança nos gastos e comportamento do consumidor.
Quase 90% dos CEOs de seguros estão planejando mudar as suas estratégias para o gerenciamento de clientes, retenção e fidelidade. Construir a base de clientes e melhorar o serviço ao cliente são as duas principais prioridades para o investimento das companhias.
A evolução da tecnologia também está mudando a forma como os produtos são projetados, subscritos e distribuído e poderia abrir a porta para novos operadores. Mais de 80% dos CEOs de seguros estão planejando aumentar o investimento em tecnologia e mais de 60% pretendem desenvolver a sua capacidade de inovação.
O foco na expansão está em mercados emergentes – a América Latina está no topo da lista das regiões eleitas para o crescimento (88%).
Cerca de 80% estão planejando mudar suas estratégias para a gestão de talentos. Muitos também apontam a necessidade de mudança cultural – 55% dos CEOs de seguros estão preocupados com a falta de confiança no setor. E mais de 60% disseram estar intensificando os investimentos na gestão de sua reputação corporativa.
Para contornar todos esses riscos, especialistas da PwC alertam que o foco das seguradoras deverá estar na adaptação às necessidades dos clientes e na capacidade de inovação e reinvenção dos produtos. Além disso, é importante saber aproveitar as oportunidades emergentes, mas sem elevar os preços para não correr o risco de ter cotação fora do mercado, o que geraria uma grande ameaça por parte de novos concorrentes mais agressivos.
“As seguradoras que se adiantarem a essa tendência vão se concentrar profundamente no cliente e terão capacidade superior de inovação e reinvenção. Eles serão capazes de antecipar a mudança e identificar como isso afeta a eles, bem como serem ágeis o suficiente para aproveitar as oportunidades emergentes”, afirma Carlos Matta, sócio da PwC.
A pesquisa ouviu 1.330 CEOs em 68 países no final de 2012. Destes, 92 eram de seguros, em 39 países.
Fonte: Brasil Econômico