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Salto de 38% na exportação da Petrobras agrada mercado

O aumento das exportações da Petrobras no primeiro trimestre em relação ao ano passado – um dos principais motivos que explicam o lucro de R$ 9,2 bilhões – surpreendeu analistas e agradou ao mercado, disse o especialista Adriano Pires, sócio-diretor do Centro Brasileiro de Infra-estrutura (CBIE). Por volta das 11h55, as ações da Petrobras operavam em alta de 4,3%, enquanto o Ibovespa subia 0,4%. Os ganhos nos papéis da estatal ocorriam apesar de uma leve queda no petróleo Brent e da commodity negociada nos EUA.
As exportações da Petrobras totalizaram US$ 7,45 bilhões no primeiro trimestre deste ano, ante uma cifra de US$ 5,44 bilhões no mesmo período de 2011 – um salto de 38%. A maior companhia brasileira vendeu no exterior 714 mil barris/dia em média de petróleo e derivados no primeiro trimestre de 2012, cerca de 13% acima do mesmo período do ano passado, quando a estatal exportara 631 mil barris.
Do total exportado, 497 mil barris/dia foram petróleo e 217 mil foram derivados. As vendas externas de derivados ficaram praticamente estáveis, enquanto o volume de petróleo vendido cresceu cerca de 20%. O aumento das exportações levou a companhia a melhorar seu saldo comercial, apesar das importações cada vez maiores pressionadas pelo salto na demanda por combustíveis no Brasil.
A empresa continuou importando grandes volumes para atender ao crescente mercado interno, mas com exportações maiores seu déficit comercial diminuiu de US$ 1,07 bilhão no primeiro trimestre de 2011 para US$ 931 de dólares. “O mercado reagiu bem porque esperava um lucro menor, da ordem de R$ 7 bilhões… houve um aumento maior do que o esperado nas exportações e também cresceram as vendas de gás e derivados”, afirmou o especialista.
A alta das exportações além do esperado se deveu a venda de estoques de petróleo no exterior, conforme explicou o diretor financeiro da estatal, Almir Barbassa, na noite de quarta-feira, enquanto detalhava o balanço.
No entanto, Pires ponderou que apesar do lucro melhor que o estimado alguns fatores negativos permanecem e devem continuar afetando resultados futuros: importações de derivados crescentes (subiram de 279 mil barris/dia para 406 mil barris/dia), preços defasados em relação aos praticados no exterior e custos de produção cada vez maiores.

Fonte: Terra

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