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Reajuste só com qualidade

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) quer estimular a concorrência entre os planos de saúde, premiando a eficiência. Fábio Fassini, gerente-geral do órgão, afirma que as empresas precisam melhorar a gestão e que a agência estuda formas de punir empresas pouco eficientes, que poderiam ter o reajuste autorizado anualmente pela ANS limitado.
“Não é justo que empresas que invistam em programas de promoção e prevenção e treinamento tenham o mesmo reajuste daquelas que se veem como intermediários financeiros, disse.
Outro ponto em estudo é o incentivo ao que chamam de “envelhecimento ativo do idoso. O cliente que participa de programas de prevenção poderia ter abatimento na mensalidade, já que as chances de usar o convênio seriam reduzidas.
O saúde-previdência, ou VGBL-Saúde, também está sendo analisado. “É a possibilidade de usar os recursos de um plano de capitalização no abatimento de despesas futuras com saúde.
Segundo Fassini, a ANS ainda deve ampliar o período em que conveniado pode trocar de plano sem cumprir nova carência – hoje só é possível fazer a transferência no aniversário do plano ou no mês seguinte. Para 2012, a agência prevê a criação de reajustes diferenciados por região, medida que as empresas veem com bons olhos.
Aliás, o envelhecimento da população e as novas tecnologias em saúde preocupam os convênios médicos, que temem aumento dos gastos. As atuais regras limitam o reajuste dos clientes dos planos individuais após os 59 anos e permitem que trabalhadores mantenham o plano coletivo da empresa após a aposentadoria.
Hoje, os idosos com mais de 60 anos representam cerca de 11% da população, mas estudos do Banco Mundial apontam que esse índice pode chegar a 30% em 2050. Com o envelhecimento da população, crescem os casos de doenças crônicas, cujos tratamentos são mais caros.
Além disso, nos últimos anos a ANS elevou o número de procedimentos obrigatórios cobertos pelos planos, medida que deve ser retomada sempre que a medicina evoluir. E como em medicina um procedimento novo não necessariamente substitui métodos já existentes, os valores dessas análises e tratamentos demoram a cair.
“O custo da medicina fica cada vez mais alto para os planos, afirma Arlindo de Almeida, presidente da Abramge (Associação Brasileira de Medicina de Grupo).

Fonte: Jornal de Brasília

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