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Ramo de pessoas deve se preparar para queda de juros

Medidas como maior rigor na subscrição de riscos e captação de novos clientes devem ser tomadas pelas seguradoras que atuam com o ramo. Como reação à queda de juros, as seguradoras que comercializam seguros de pessoas devem buscar caminhos para melhorar a eficiência, reduzir custos administrativos, captar novos clientes, ter nichos específicos como uma alternativa, e buscar maior rigor nas subscrições de riscos. As orientações foram dadas pelo presidente do CVG-SP, Osmar Bertacini, durante palestra na APTS, realizada no dia 27 de junho. Outro alerta foi em relação aos possíveis aumentos de preços das apólices por conta dos juros. “Se a queda de juros provocar aumento de preços dos seguros, teremos menos pessoas fazendo seguro, e isso fere diretamente o princípio do mutualismo”, opina sobre o risco de as empresas utilizarem somente esta alternativa. Bertacini observa ainda que por conta da queda da taxa selic e possível redução da rentabilidade das seguradoras, as companhias devem estar atentas com os ganhos oriundos de aplicações do mercado financeiro, e investir em eficiência e taxação de riscos atuarialmente, para evitar problemas de caixa. Além disso, é necessário maior rigor nas subscrições de riscos, já que em função dessa estratégia as seguradoras conseguirão amenizar os impactos da sinistralidade. Nesse sentido, o especialista destaca a importância da exigência da Declaração Pessoal de Saúde (DPS) pelas seguradoras no processo de aceitação do risco. “Essa exigência é imposta pela Susep, mas algumas seguradoras ainda aceitam o seguro sem DPS”. Em 2011, os ramos de saúde, vida, acidentes pessoais, previdência e capitalização foram responsáveis por 79% da arrecadação total do mercado de seguros no País, o que equivale a R$ 164 bilhões. Esses dados, nas palavras de Bertacini, mostram que o mercado de seguros de pessoas é a ‘bola da vez’. Por conta do ambiente positivo para a indústria de seguros, com projeção de crescimento na acima de 15%, com forte colaboração da área de pessoas, o setor tem boas oportunidades de penetração em 2012. Para isso, na opinião do presidente do CVG-SP, é preciso que o setor invista em propagandas institucionais nos veículos de comunicação, especialmente para o público pertencente às gerações Y e Z, cerca de 38 milhões de brasileiros. Realidade promissora: Por conta do momento econômico vivido pelo País, em que produtos de seguros já são encaixados no orçamento dos consumidores, boas oportunidades são enxergadas para o setor, especialmente para o ramo de pessoas. Um dos motivos para isso, aponta Bertacini, é o aumento da obrigatoriedade da contratação de seguro de vida em algumas empresas. Somado a isso, há a representatividade dos consumidores ainda não protegidos pelo seguro, aproximadamente 130 milhões, dos quais 20% possuem seguro de vida, com idade entre 14 e 70 anos, fatores que demonstram a vantagem da comercialização desses seguros via corretor. Além disso, ele destaca os 120 milhões de consumidores com possibilidade de contratação de microsseguros, como positivas oportunidades, com a peculiaridade de que esse grupo demandará rapidez e simplificação nos processos de aceitação do risco e liquidação do sinistro. Diante desse cenário, entretanto, o corretor ainda está aquém das oportunidades de negócios. “O corretor precisa despertar para essa realidade”, explana Bertacini, ao mencionar que os seguros de vida estão presentes apenas em 18% dos lares brasileiros pertencentes às classes A e B.Juntamente com as possibilidades vislumbradas ao ramo por conta do cenário econômico brasileiro, ele destaca a remuneração nos processos de agenciamento e comissão vitalícia, que fazem do seguro de vida o único com remuneração dupla, como boa alternativa para a renda dos corretores.

Fonte: AIDA

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