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Praticidade do mobile não precisa servir de ponte para o consumo desenfreado

Quando pensamos em consumo, as primeiras associações que fazemos provavelmente estão ligadas a vitrines com cartazes anunciando uma liquidação, propagandas de TV e, nesta época do ano, decorações ostensivas para incentivar as compras de Natal.

A questão é que, desde que incorporamos o uso de smartphones em nossas vidas, as relações de consumo também ganharam novos moldes. De acordo com pesquisa feita pelo Google Brasil, o número de usuários de smartphones cresceu de 10 milhões para 93 milhões de 2010 para cá.

O consumo não se limita em somente levar para casa aquele produto exposto na vitrine. Consumimos informação e conhecimento o tempo todo. O smartphone fica ao nosso lado da hora em que acordamos até dormirmos novamente, com constantes atualizações, sempre que alguma notificação surge na tela.

Para coisas simples do cotidiano – como um pedido de almoço através de um aplicativo ou a consulta das sugestões turísticas daquela cidade que você está visitando – são geradas oportunidades de criar engajamento. Quantas vezes você já se deparou com um anúncio virtual de algum produto ou serviço relacionado ao tema que você estava buscando na internet?

Se por um lado, as empresas possuem possibilidades muito mais amplas de entenderem melhor o perfil de seus consumidores, suas necessidades e interesses, o consumidor tem tudo em mãos para ser cada vez mais exigente.

Em vez de encararmos essa questão somente pelo ângulo da praticidade, com aquela mentalidade de consumirmos cada vez mais em função da possibilidade de não precisar sair de casa sequer para fazer supermercado, vale a pena aproveitar as inovações do mundo mobile para pensar no consumo de um modo mais consciente.

Os consumidores têm a vantagem de terem acesso ao histórico das empresas que consomem com muito mais facilidade. Procedência da mercadoria, política da empresa, qualidade do relacionamento com os clientes e prestação de serviço, tudo isso está ao alcance do consumidor antes que a compra seja efetuada.

Empresas sustentáveis e que prezam pela qualidade do atendimento possuem maior vantagem competitiva. Vale ainda considerar as opções existentes para explorar o mercado de usados, permutas e afins, no intuito de prolongar a vida útil daquilo que consumimos.

Modernidade não se resume a acelerar processos e torná-los mais práticos. Em vez de aumentar o consumo, essa é a oportunidade que temos de consumir de um modo mais criterioso e consciente. Construir uma economia sustentável tem muito mais a ver em aumento da conscientização do que simplesmente preocupação com os lucros.

Fonte: G1

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