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Pesquisa apura achatamento do mercado de trabalho

Apesar do desemprego estar dando sinais de queda neste ano, a qualidade dos empregos tem provocado o aumento da desigualdade e redução dos salários.

Dados analisados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada mostram que a grande maioria das vagas geradas no país no último ano possui remuneração máxima de dois salários mínimos.

Aliás, segundo o Caged, durante 2019 só houve saldo positivo de postos formais de trabalho nessa faixa salarial.

O Ipea enfatizou ainda que, ao longo dos últimos 12 meses, os quatro maiores segmentos empregadores do país – indústria de transformação, construção civil, comércio e serviços – registraram “uma destruição de vagas com salário superior”, criando vagas com remuneração entre um e dois salários mínimos.

Ao medir a desigualdade da renda do trabalho, o Ipea posiciona que ela está crescendo nos últimos anos pressionada pelo movimento de pequena alta real dos maiores ordenados e queda ou estagnação dos menores salários.

Nesse contexto, a inflação impacta muito mais os que têm menor renda.

No 1º trimestre de 2019, a renda domiciliar do trabalho da faixa de renda alta era 30,1 vezes maior que a da faixa de renda muito baixa. No 2º trimestre, essa diferença aumentou para 30,5 vezes.

O Ipea calcula que os rendimentos reais médios apresentaram uma queda de 0,2% no segundo trimestre de 2019 em comparação com o mesmo período de 2018, e uma queda de 1,3% em relação ao trimestre anterior.

Esse movimento está ligado ao avanço da informalidade, que ajuda na queda do desemprego, mas impacta nas menores remunerações.

Fonte: NULL

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