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PAC é a maior esperança do setor de resseguros no Brasil este ano

A Conferência Internacional de Resseguro começará hoje no Rio, reunindo representantes de algumas das maiores seguradoras do mundo, em um momento em que as apostas do setor indicam forte expansão no Brasil, até por conta da recente abertura de mercado, de uma base de comparação fraca, e de outros fatores. A confiança no potencial de expansão do setor no País é representada pelo número de registros junto à Superintendência de Seguros Privados (Susep) até agora: 43 resseguradoras, afora o IRB.
Com o monopólio que havia até o início do ano passado, e que agora deve começar a ser desmontado na prática, o setor ficou com uma base pequena no País. Em 2007, o total de prêmios emitidos pelo IRB, então a única resseguradora em atuação no Brasil, foi de R$ 3,268 bilhões. Os dados de 2008 ainda não foram divulgados.
As obras de infraestrutura previstas no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal, somadas aos novos produtos que serão ofertados com a abertura, são os fatores principais que aumentam as expectativas positivas para o setor no País em 2009, apesar da crise econômica global. A análise é compartilhada por dirigentes, no Brasil, de duas das cinco maiores empresas do setor no mundo: Ivan Passos, presidente no Brasil da alemã Hannover, e José Carlos Cardoso, representante no Brasil da franco-americana Scor.
Outro representante do setor que tem a mesma opinião é o presidente do IRB, Eduardo Hitiro Nakao, que por muito tempo comandou a mesa de títulos e dinheiro do Banco Central e chegou a participar do Comitê de Política Monetária (Copom) na década de 90, quando os chefes de Departamento participavam, embora sem direito a voto.
O presidente da Hannover observa que, no mundo, o setor está sofrendo com a crise, com redução da capacidade das empresas, principalmente em relação a crédito, o que levou a uma redução da oferta de resseguros e a uma elevação de preços. “Estamos diante de uma crise gravíssima, monumental, mas o Brasil a tem enfrentado bem”, disse.
Passos acredita que o setor deve crescer “pelo menos 10% este ano, com certeza” no País, e não está vendo elevação de preços por aqui. “Todas as obras do PAC e do governo federal nos próximos cinco anos são muito grandes, como as hidroelétricas de Jirau e de Santo Antônio, por exemplo”, disse.

Fonte: DCI OnLine

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