Mulher

No G20, ministra defende urgência da igualdade salarial

A ministra das Mulheres, Márcia Lopes, reforçou nesta quinta-feira (30), em evento do G20, na África do Sul, as ações adotadas pelo Governo do Brasil para combater a violência contra as mulheres, promover a igualdade salarial entre homens e mulheres e garantir maior participação feminina nas decisões políticas do país.

O discurso foi feito no painel “Perspectivas globais sobre ações práticas para acabar com a violência GBVF, promovendo masculinidades positivas e equitativas, com base em experiências e estratégias internacionais.”

“O Brasil, como tantos países do mundo, enfrentou historicamente o machismo, todo tipo de preconceito e violência, principalmente em relação às mulheres. E foi precisamente a construção da democracia, da participação feminina e da justiça social que deu início a um novo processo de construção de uma sociedade mais justa e igual. Assim, o governo do presidente Lula instituiu programas muito importantes, a exemplo do programa de transferência de renda Bolsa Família, no qual colocou a titularidade dos recursos repassados nas mãos das mulheres, assim como em programas de habitação”, enfatizou.

O evento busca promover o diálogo global sobre crescimento sustentável, inclusão social, equidade de gênero, transição climática e fortalecimento de políticas públicas.

A ministra detalhou que o Brasil tem mais de 110 milhões de mulheres, que participam da vida política e comunitária e que conseguem transformar realidades no mercado de trabalho, mesmo enfrentando o machismo e a violência masculina.

Márcia Lopes pontuou, no entanto, que as mulheres vivem contradições no Brasil e na maioria dos países.

“As mulheres possuem grande capacidade de participar, produzir e construir uma sociedade mais democrática, justa e igual do ponto de vista de gênero, mas, por outro lado, continuam se submetendo a situações vexatórias, de violência, de desigualdade salarial e a todas as formas de discriminação, em todas as classes sociais e nas diversas áreas de trabalho e territórios onde as comunidades vivem”, declarou.

A ministra destacou que o Governo do Brasil sancionou a Lei da Igualdade Salarial, para garantir que mulheres e homens que exercem a mesma atividade recebam a mesma remuneração.

“Nós estamos percorrendo o país para que as empresas apliquem a lei. O governo também lançou uma Política Nacional de Cuidados, para que o cuidado seja assumido com responsabilidade pelo Estado, por todas as mulheres e por todos os homens. Além disso, temos uma campanha permanente, um trabalho diário, para que toda a sociedade brasileira aplique as leis e não permita o aumento da violência contra as mulheres”, afirmou.

Prioridades

O Grupo de Trabalho de Empoderamento de Mulheres (EWWG) definiu três prioridades:

Economia do Cuidado: reconhecer, reduzir e redistribuir o trabalho de cuidado não remunerado.

Inclusão Financeira das Mulheres: ampliar acesso a crédito, terras e serviços financeiros.

Enfrentamento da Violência de Gênero: consolidar políticas integradas e promover a masculinidade positiva.

G20

O G20 é uma das mais relevantes plataformas internacionais de cooperação econômica, política e social, reunindo líderes das 20 maiores economias do mundo, bem como das Uniões Europeia e Africana.

A Presidência da África do Sul em 2025 dá continuidade ao legado brasileiro em 2024, fortalecendo políticas de igualdade de gênero e empoderamento feminino.

O país assume o mandato em marcos históricos: 30 anos da Declaração de Pequim, 10 anos da Agenda 2030 e 25 anos da Resolução 1325 da ONU sobre Mulheres, Paz e Segurança.

Fonte: Gov.br

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