Modelagem de previsão nas seguradoras é debatida no ENA
O que têm em comum Google, Netfix, Facebook e Amazon? Além de trabalharem com enorme quantidade de dados, todas estas empresas utilizam modelos matemáticos de previsão para conhecerem hábitos e preferências de seus clientes e, dessa forma, conquistarem uma vantagem competitiva. Com este exemplo, Ronald Poon-Affat, vice-presidente e diretor da Reinsurance Group of America (RGA) para a América do Sul, abriu sua palestra Modelagem de Previsão, durante o 3º Encontro Nacional de Atuários – Novos Desafios Atuariais Em busca de Serviços e Soluções, evento realizado pela CNseg, em parceria com a Escola Nacional de Seguros, em São Paulo.Segundo Poon-Affat, os modelos matemáticos de previsão podem ser usados para diversas finalidades, como previsão do tempo, redução de taxas de evasão escolar ou para se projetar quais produtos serão comprados pelos clientes no supermercado, entre outros. Mas a modelagem de previsão não é um produto, mas um processo, explicou. No seguro, segundo ele, as modelagens podem ser usadas na subscrição de riscos, análise de sinistro, vendas e marketing, gestão de apólices etc.Na fase da subscrição de riscos, por exemplo, as modelagens podem servir para identificar os melhores, por meio de fórmulas que cruzam os dados do perfil do cliente. Além de permitir escolher bons riscos, esse processo também pode ajudar a traçar uma previsão da frequência, estimativa e gravidade de futuros sinistros, permitindo priorizar os recursos, disse.Poon-Affat destacou que a escolha do modelo preditivo dependerá da estrutura e aplicação dos dados. No caso da subscrição de riscos em seguro de vida, os modelos matemáticos podem servir para a opção simplificada (com média de cinco perguntas) ou completa (incluindo exame médico). O modelo matemático pode dispensar a subscrição completa para todos os casos, disse Thereza Moreno, da Prudential do Brasil, que atuou com mediadora do painel. Thereza explicou que a modelagem de previsão pode ser usada também para crosselling e up selling, ambas técnicas de venda. É uma ma neira de se fazer a venda cruzada, oferecendo um produto novo para quem já é cliente, ou de aumentar o capital segurado dos segurados da carteira, disse. Segundo Thereza, o setor de seguros já faz uso de modelagem de previsão, mas ainda precisa aprimorar mais esse processo.
Fonte: CNSEG
