Minha Jornada: Uma Vida de Conquistas e Equilíbrio
Desde muito cedo, a vontade de conquistar minha independência falou mais alto. Meu primeiro emprego foi como jovem aprendiz, uma decisão que enfrentei com determinação, apesar da oposição do meu pai na época. Eu queria trabalhar, construir minha história e conquistar minhas próprias coisas. Essa decisão foi o primeiro passo de uma longa jornada de dedicação e crescimento profissional. Desde então, aprendi que os desafios fazem parte do caminho e que, muitas vezes, precisamos nos posicionar firmemente para seguir nossos sonhos, mesmo quando nem todos ao nosso redor entendem nossas escolhas.
Com o tempo, evoluí na carreira, mas enfrentei desafios pessoais que testaram minha resiliência. Durante meu primeiro casamento, houve momentos em que conciliar trabalho e família parecia um grande desafio. Após o nascimento do nosso filho, enfrentei questionamentos sobre a necessidade de continuar trabalhando, mas abrir mão da minha carreira nunca foi uma opção. Decidi conciliar a maternidade e o trabalho, mesmo diante das dificuldades. Quando me separei, meu filho tinha apenas oito meses, e muitos me chamaram de louca por essa decisão. Diziam que eu deveria esperar, que não era o momento certo, que seria impossível dar conta de tudo sozinha. Mas eu sempre busquei a felicidade e a minha realização, não apenas como mãe, mas também como mulher e profissional. Eu sabia que, se não fosse feliz comigo mesma, não poderia oferecer o melhor para meu filho.
Ser mãe solo e profissional exigiu muito de mim. Durante essa fase, enfrentei incontáveis desafios, mas nunca deixei de acreditar na minha capacidade. Muitas vezes, eu dormia no carro na hora do almoço para conseguir recarregar as energias e enfrentar as noites em claro com meu filho, que acordava a cada duas horas. O cansaço era extremo, mas minha determinação sempre falou mais alto. Eu sabia que cada dia difícil era um passo a mais na construção do futuro que eu desejava para mim e para meu filho. O medo e a exaustão faziam parte do processo, mas nunca foram maiores que minha vontade de vencer.
O tempo passou, e o destino trouxe uma nova oportunidade para minha vida amorosa. Conheci meu atual marido, um companheiro que sempre me apoiou em minhas decisões e compreendeu minha paixão pelo trabalho. Com ele, tive meus dois outros filhos e vivi a experiência da maternidade de uma forma mais tranquila e equilibrada. Apesar de ter a chance de maternar em tempo integral, percebi que largar a carreira não fazia parte do meu caminho. Apenas 15 dias após o nascimento do meu segundo filho, iniciei uma pós-graduação. Muitas pessoas me julgavam, diziam que eu deveria estar exclusivamente em casa. Mas eu sabia que ser mãe não significa abdicar de quem sou. Pelo contrário, ser mãe me fez ter ainda mais vontade de crescer, de ser exemplo para meus filhos e de mostrar a eles que sonhos podem e devem ser realizados, independentemente dos desafios.
Hoje, sou mãe de três príncipes: Henrique, de 12 anos, Guilherme, de 6 anos, e Felipe, de 1 ano e meio. Eles são minha razão de viver, meu maior amor e minha maior inspiração. Cada fase da maternidade trouxe desafios e aprendizados únicos. Conciliar a maternidade com a vida profissional não é fácil, e o cansaço às vezes bate forte. Mesmo tendo a chance de ficar 100% dedicada à maternidade, minha escolha sempre foi seguir minha carreira, pois acredito que minha felicidade também reflete no bem-estar dos meus filhos. Afinal, mães felizes criam filhos felizes. Meu trabalho não me afasta deles, pelo contrário, me fortalece para ser a melhor mãe que posso ser.
Acredito que as mães não precisam parar suas vidas para cumprir um papel que a sociedade impõe. Somos mães, mas também somos seres humanos com sonhos, objetivos e desejos. Muitas vezes, enfrentamos julgamentos e pressões para seguirmos um único caminho, mas a verdade é que cada mulher tem o direito de escolher o que a faz feliz. Minha maior realização será ver meus filhos crescendo independentes, sabendo que foram criados com amor, exemplo de força e determinação. Quero que eles saibam que suas mães e pais podem ser muito mais do que apenas um papel pré-definido pela sociedade. Somos indivíduos com sonhos próprios, e é essa lição que desejo deixar para eles.
Olhando para trás, vejo o quanto percorri um caminho de lutas, superações e conquistas. Minha jornada não foi fácil, mas cada obstáculo me tornou mais forte, mais resiliente e mais determinada a seguir em frente. Hoje, posso dizer que sou uma mulher realizada, pois aprendi que equilíbrio não significa escolher entre um caminho ou outro, mas sim integrar todos os aspectos da vida com amor e propósito.
Danilla Trench
Danilla Trench é Coordenadora de Recursos Humanos, formada em Gestão de RH, com pós-graduação em Gestão de Pessoas e Comportamento Humano. Possui MBA em Neurociência e Psicologia Aplicada pelo Mackenzie e cursa MBA em Liderança, Gestão de Equipes e Produtividade pela PUC. Também tem extensão universitária em Business Partner e Visão Estratégica de Recursos Humanos pela FGV. Com mais de 20 anos de experiência, dedica-se ao desenvolvimento humano e organizacional. Mãe de três príncipes, esposa, amiga, equilibra seus múltiplos papéis com amor e dedicação.
