Mesmo na crise, país poderia ter adotado mais ações contra desemprego
Por Diogo Martins | ValorRIO Na opinião do pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Fernando Augusto de Mattos, mesmo com o cenário externo desfavorável, o governo brasileiro poderia ter adotado medidas para ampliar o dinamismo do mercado de trabalho nacional e reduzir o desemprego. O especialista cita a elevação dos direitos trabalhistas e do seguro-desemprego, além da diminuição da jornada de trabalho. Embora não seja o momento oportuno debater esse assunto, essas medidas criariam um efeito positivo no emprego, diz.
Segundo Mattos, a redução da taxa de desemprego no Brasil depende substancialmente do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), por isso, o governo precisa manter a dinâmica econômica a fim de que o número de desocupados continue em trajetória decadente. A avaliação é do pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) Fernando Augusto de Mattos.
O mercado de trabalho é um resultado da economia, afirma o especialista, para quem foi difícil o governo sustentar o crescimento do PIB em um patamar elevado em 2011, em razão da crise internacional.
Nesta quinta-feira, o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), que tenta antecipar a variação do PIB, do Banco Central (BC), apontou para um crescimento de 2,72% da economia do país em 2011. O Brasil precisa crescer para diminuir a taxa de desemprego. Acredito que o mercado brasileiro respondeu bem a uma taxa de crescimento mediana, afirma Mattos, quando questionado sobre os números do IBC-Br.
(Diogo Martins | Valor)
Fonte: Valor