Mercado de Seguros pode se beneficiar de crise, afirma diretor
Convidado a palestrar na XX Assembléia da Associação Panamericana de Fianças e Garantias, no dia 9 de junho, o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Escola, Claudio Contador, falou sobre a Situação política e econômica na América Latina: perspectivas para o mercado de seguros de crédito e garantia, para cerca de 300 executivos presentes no evento.
Antes de explicar os impactos do cenário econômico atual no mercado de seguros, Contador lembrou os momentos difíceis que o País enfrentou, com crises de energia, dívida externa alta, ataques especulativos e com restrição da linha de crédito internacional.
O diretor afirmou que a crise de energia que se observa hoje não representa um novo choque do petróleo, como aconteceu em 1973 e 1979, mas um aumento da demanda por países em desenvolvimento como Índia e China, assim como acontece com os alimentos. Por apresentar uma alta produção agrícola e de energia, a América Latina poderá se beneficiar desse momento, afirmou.
Essa oportunidade, segundo Contador, será estendida ao mercado de seguros, principalmente o de fianças. No tocante ao problema energético, o patamar de preços do petróleo mais elevado vai viabilizar a adoção de fontes alternativas, estimular o investimento na busca de novas reservas e reaproveitar as já esgotadas. Quanto aos alimentos, existe uma grande capacidade de oferta agrícola aos preços, e a América Latina será sem dúvida o principal exportador de alimentos nas próximas décadas.
Para ele, algumas reformas econômicas foram responsáveis pela região não ter sofrido os impactos daquelas crises. A América Latina está numa posição mais confortável economicamente porque fez o dever de casa, ou seja, as reformas necessárias, embora não tenham sido todas, explicou Contador.
Fonte: Escola Nacional de Seguros