Impasse no setor marca registro de seguros
O Sistema de Registro de Operações de Seguros, Previdência Aberta, Capitalização e Resseguros (SRO) vai começar a funcionar com escopo menor do que o inicialmente planejado, sinalizou o superintendente da Susep, Alessandro Octaviani, em painel da Fides 2023, a conferência interamericana de seguros, nesta segunda-feira. O SRO poderá vir a ser implementado mais devagar ou com um escopo menor em um primeiro momento, mas virá.
O SRO tem sido motivo de impasses no setor de seguros, desde o início da implementação. A plataforma chegou a ser alvo de ação na Jus com pedido de pausa na implementação no início do ano.
Os participantes da indústria securitária têm argumentado que o projeto consome muitos recursos, além de haver riscos e incertezas ligadas a informações sensíveis repassadas às registradoras.
A Susep e os representantes das seguradoras concordaram recentemente em manter diálogos para discutir como melhorar o projeto e eliminar os problemas trazidos pelo mercado.
Octaviani defendeu a necessidade de se implementar a plataforma SRO diante dos novos desafios que a digitalização vai trazer. Não temos escolha senão ter um regulador capaz de navegar nessas águas digitais, isso é bom para o mercado e para as empresas.
Conforme Octaviani, um regulador que não seja capaz de observar adequadamente as condutas [em um ambiente digital] não será bom para o mercado, porque isso pode atrair empresas que não deveriam estar atuando, que tem perspectiva da fraude e do dinheiro fácil.
De acordo com o dirigente, a Susep enfrenta três desafios regulatórios no momento. O primeiro, aponta Octaviani, é o da inclusão. Precisamos ter claramente uma política nacional de acesso ao seguro.
Um segundo desafio consiste em assegurar a qualidade dos produtos comercializados no setor.
E uma terceira área de atuação para a Susep é a de ajudar a viabilizar investimentos das próprias companhias em grandes projetos.
Fonte: NULL