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Fundos podem ser bons e baratos

Uma pesquisa exclusiva do site Fortuna, especializado em fundos de investimento, identificou 28 opções acessíveis ao pequeno investidor, com aplicação relativamente pequena (até R$ 25 mil), taxa de administração baixa (até 2% ao ano) e, o que é melhor, rentabilidade próxima ou superior ao CDI (Certificado de Depósito Interfinanceiro), referência do mercado de renda fixa. Embora ofereçam retorno superior à média dos fundos, foram descobertos apenas por um pequeno número de investidores.
A identificação dessas alternativas vem ao encontro de expressivas retiradas que os fundos voltados para pequenos investidores vêm sofrendo. Nos meses de março e abril, os resgates foram de R$ 7,4 bilhões, sendo que a saída mais pesada ocorreu em abril, com R$ 5,9 bilhões, segundo dados do site Fortuna.
Parte dessas retiradas reflete o fraco desempenho dos fundos conservadores, com muitos tendo retorno abaixo da caderneta de poupança. Isso ocorre porque há uma estreita correlação entre rentabilidade e taxa de administração. Quanto maior for a taxa cobrada, menor será o retorno do fundo.
Dos 28 fundos, apenas cinco são de grandes bancos. No caso, Caixa Econômica Federal e Nossa Caixa. Os outros são oferecidos por bancos de investimento, como Banif, Credit Suisse e Banco Fator, ou corretoras, gestores independentes e seguradoras. Tanto a Porto Seguro como a SulAmérica aparecem na listagem.
O sócio-diretor do Fortuna, Marcelo D´Agosto, explica que o investidor deve estar atento a oportunidades mesmo que não estejam em bancos mais conhecidos, embora em instituições igualmente sólidas. A pesquisa não é um levantamento exaustivo de fundos bons e baratos, mas aponta alternativas de investimento no mercado.
DESAFIO DO GESTOR
A pesquisa encontrou 13 fundos de renda fixa, nove DI, cinco multimercado e um de curto prazo. Todos estavam abertos a novos investidores em maio. Naturalmente, o interessado deve checar o histórico, as referências e a situação da instituição antes de decidir fazer um investimento – roteiro que deve sempre ser seguido.
´Neste tipo de fundo o maior desafio do gestor é ter uma rentabilidade adequada ao perfil do investidor´, diz o diretor da gestora Daycoval Asset Management, Roberto Kropp, responsável por um fundo de renda fixa que aceita aplicação inicial de R$ 5 mil e cobra uma das taxas de administração mais baixas encontradas pela pesquisa: 0,25% ao ano. No período entre 31 de dezembro de 2005 e 30 de abril deste ano, o retorno do Daycoval Renda Fixa FI foi de 33,81%, superando o CDI do período, que acumulou 33,03%.
Dos 28 fundos listados, 11 ficaram acima do desempenho do CDI, enquanto a rentabilidade de outros nove ficou bem próxima. Para conseguir esse desempenho em renda fixa, as instituições não se limitam a ter títulos públicos em carteira. O economista da corretora Concórdia, Ricardo Martins, explica que o fundo inclui títulos privados, cujo retorno é melhor, embora o risco também seja mais elevado. Para um fundo de renda fixa, com aplicação inicial de R$ 20 mil, a taxa é de 0,5% ao ano – a mesma desde 1996.
´A taxa não pode ser mais alta porque simplesmente comprometeria a rentabilidade´, endossa o diretor da Máxima Asset, Saulo Sabbá, cujo fundo de renda fixa também cobra taxa de administração de 0,5% ao ano. Assim como Kropp, da Daycoval, Sabbá acredita que esse tipo de investimento, com características tão conservadoras, pode ser uma opção mesmo para aqueles que simplesmente não querem deixar o dinheiro parado na conta corrente. ´Pode ser uma opção para um investidor montar uma carteira mista e se garantir em tempos de oscilação´, diz.
MENOS CUSTOS
Especializada em seguros-saúde e planos de previdência, a SulAmérica também atua no mercado de fundos. A partir de R$ 2,5 mil é possível tornar-se cotista de um fundo de renda fixa com taxa de administração de 0,45% ao ano. E como é possível oferecer taxas mais baixas? Marcelo Mello, vice-presidente da SulAmérica Investimentos, explica: ´É um fundo conservador, que praticamente não assume riscos, com baixíssima volatilidade´. E por ser conservador, argumenta o executivo, exige menos dos gestores, o que reduz as despesas e permite uma taxa reduzida.
Ele sugere que todos os investidores tenham um porcentual de seus recursos em produtos mais conservadores, de maior liquidez, em prazos mais curtos. Além de reduzir o risco, asseguram tranqüilidade em momentos de maior turbulência, quando a oscilação assusta.

Fonte: O Estado de São Paulo

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