Estudo lista potencial da indústria de seguros na AL
O potencial da indústria de seguros da América Latina foi detalhado, país a país, na décima primeira edição do estudo realizado pela Fundacion Mapfre. A pesquisa, divulgada nesta quarta-feira(30), traz números de 2011 e primeiro semestre de 2012. Apesar de parecer um tanto atrasado, por já termos números consolidados de 2012, a riqueza de detalhes valoriza o estudo, sem falar nos dados de grande interesse para quem atua no setor ou quer conhecer um pouco mais desta industria.
Os 18 países analisados no relatório registraram aumento de 14,1% em volume de prêmios em 2011 em relação ao ano anterior, chegando a 104,2 bilhões. O Brasil continua sendo o maior mercado na região, com market share de 33%, seguido pelo México, que responde por 14%, Venezuela e Porto Rico com 12% e da Argentina, com 11%. Países que experimentaram maior crescimento em volume de prêmios em euros foram Paraguai (33,4%), Argentina (30,4%) e Guatemala (21,4%).
O relatório mostra o grande potencial de crescimento que existe nos mercados de seguros da América Latina. Porto Rico continua na liderança quando o comparativo é prêmio per capita da região, com 2.117 per capita. Também lidera o índice de participação do setor no PIB, com 17,3%. Chile exibe consumo de 423 em seguros por habitante e 4,1% do PIB. O Brasil registrou em 2011 consumo per capita de 310 por habitante e 3,4% do PIB, enquanto a Venezuela ficou com 262 e 3,4% de penetração no PIB.
No geral, o relatório mostra que 60% dos prêmios ganhos em 2011 nestes mercados correspondem à não-vida, com 62,5 bilhões, alta de 14,2% sobre o ano anterior, especialmente influenciado pelo aumento do nível de emprego e da venda de produtos de varejo e automóveis.
Já o segmento de vida avançou 13,9%, para 41,6 bilhões. No primeiro semestre de 2012, o volume de vendas aumentou 19%, para 60 bilhões.Durante os primeiros seis meses de 2012, o estudo destaque o dinamismo do segmento Vida com um aumento de 21,5%, impulsionado principalmente pela atividade no Brasil. Enquanto isso, o segmento não-vida avançou 17,5%.
O relatório também destaca movimentos-chave de negócios que ocorreram no primeiro semestre do ano, entre os quais o memorando de entendimento entre Zurique e Grupo Santander de realizar uma aliança estratégica em distribuição de seguros e as alterações legislativas mais relevantes que ocorreram na região.
O estudo completo está disponível no site da Fundación Mapfre na seção sobre o Instituto de Estudos de Segurança (Centro), em http://www.fundacionmapfre.com. O relatório, que é preparado a partir das publicações dos órgãos de supervisão de seguros e associações de companhias de seguros locais, unifica critérios, a fim de facilitar a comparação entre os países.
Fonte: CNSEG