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Esporte e atividade física

Como escrever um artigo sobre dois temas que sou apaixonada – ESPORTE E ATIVIDADE FISICA. Colocar esses temas no papel para mim é fácil, mas complexo, pois a atividade física sempre esteve presente na minha vida e sintetizar isso não será fácil, mas vamos lá!

Filha de um ex-jogador de polo aquático e músico que tocava acordeão, e se aposentou pelo mercado de seguro, meu pai acabou me inspirando a ser uma amante do esporte e adoradora das artes, além de securitária, afinal de contas estou há quase 30 anos no mercado de seguros.

Estar ativa sempre foi algo que me desafiou e me motivou, pois começar o meu dia sem me movimentar, me deixa lenta, sem foco e cansada, sim cansada! Ao longo dos meus 51 quase 52 anos, bem vividos, já me joguei em alguns esportes: bodyboard (sim aquela prancha que na minha época os surfistas chamavam de biscoitão), surfe, ballet, jazz, sapateado (sim dança para mim é esporte), bicicleta, natação, nado sincronizado, esqui, triátlon, montainbike e mais recentemente me lancei no kitesurf e por sinal adorei. Tudo isso para dizer que a prática da atividade física para mim, diariamente, é uma disciplina não uma motivação. Claro que tem momentos que acordo cedo – por volta de 5h ou 5h30, feliz e motivada para treinar, mas direi que 80% do tempo é pura disciplina. Você pode estar se perguntando, se ela diz que é disciplina, ela está fazendo por obrigação? A resposta é não!

Pratico esporte, pois sei o quanto a endorfina diária me deixa mais alerta, mais motivada, mais feliz e mais preparada para enfrentar os desafios do dia a dia, por isso que digo que a minha atividade física matinal é INEGOCIAVEL. Digo que esse é meu estilo de vida, meu momento comigo mesma, e não ter o esporte na minha vida é como se algo faltasse em mim. Preciso dele para me sentir “viva”, e sempre quando posso tento motivar pessoas a fazerem também, não precisa ser como EU que tenho em minha semana uma média de 12h a 15h de treinos, mas pelo menos algo que te faça se movimentar, trazer leveza ao seu dia, encontrar pessoas, pois o esporte te faz socializar, conversar temas diferentes, ir para lugares diferentes. Eu, por exemplo, quando organizo minhas viagens de férias sempre planejo algo onde eu possa praticar uma atividade física. Tenho um parceiro que entra nessas aventuras comigo, então já viajamos para vários lugares com uma bicicleta na mala: Colômbia, Mallorca, Nova Zelandia, Girona, Lisboa, Paris, Nova Iorque e vários outros lugares fora e dentro do Brasil levamos um par de tênis, um relógio Garmin, o aplicativo do Strava (onde registramos nossos treinos e descobrimos novos percursos) e nossa bike, quando não levamos nossos óculos de natação – também!

Falando um pouco dos esportes que pratico, acredito que eu e a grande maioria das pessoas começa pela corrida, pois é fácil de fazer, democrático, e fácil de encontrar amigos, não é verdade?

Comecei de forma despretensiosa, correndo em esteira na academia do prédio ou do hotel, depois me aventurando na rua, mas precisava me desafiar em algo maior e aí comecei a me inscrever em corridas de 5k, 10k, tipo circuito das estações, quando decidi fazer uma meia maratona, e aí foi em grande estilo, me lancei na Meia Maratona de Paris.

Você acha que parei por aí? Nope! Sou competitiva e precisava me desafiar em algo mais complexo, foi quando me juntei a um grupo de corrida e com meu ex-marido, que também gostava dessas coisas, fui para a minha primeira Maratona em Berlim, nesta época já com 2 filhas e com 35 anos.

Depois desta Maratona, fiz mais uma maratona, e várias meias-maratonas e tive meu terceiro filho. A vida foi ficando mais desafiadora, com 3 filhos, com quase 40 anos e trabalhando para uma corretora multinacional em uma posição regional, o que me requeria viajar muito entre os 12 países que tínhamos operação, sempre levava comigo o tênis e a roupinha de corrida e o hotel, obrigatoriamente tinha que ter uma sala de ginástica, pelo menos isso, e para todos os lugares que eu viajava, a corrida antes do trabalho tinha que “rolar”!

Os anos foram passando e eu ficando um pouco entediada de corrida, e com a minha separação, em 2015, veio a vontade de fazer algo diferente, me jogar no triátlon. Sim – um esporte não era suficiente para mim (risos) que sim seguia trabalhando para a operação da América Latina, mas quis me aventurar nesse esporte que à medida que fui me familiarizando comecei a ver o quão “estratégico” ele era.

O triátlon não são três esportes, ele é apenas UM esporte que se une por duas transições – T1 natação para o pedal e T2 pedal para corrida, e aí que está toda a estratégia e resiliência desse esporte que para mim é fantástico, mas precisarei de outro artigo nesta coluna para debruçar sobre ele. Apenas para dar um contexto, em 2025 completo 10 anos praticando o triátlon, que já me joguei em várias modalidades, sprint, olímpico, média distância (70.3) e longa distância (140.6 ou Ironman) e já perdi a conta de quantas provas já fiz, mas posso te garantir que assim como na vida, todas tiveram um grande aprendizado.

Se você acha que parei por aí, engano seu, pois uso o esporte como uma forma de sair da zona de conforto, fazer apenas triátlon para mim, é “chato”, fazer apenas corrida também é chato, por isso que a cada ano que passa sempre busco algo novo para me jogar, mesmo tendo “medo” do que virá pela frente mas quero me testar, quero planejar, quero ver se sou capaz e competir comigo, e posso dizer que a linha de chegada de todas essas provas é quando você realiza e atinge o seu objetivo que é sacramentado quando você ganha aquela medalha, mas viver o processo de chegar lá, é ainda mais gratificante. Digo isso porque nem sempre em um ciclo de treinamento para uma prova ele é constante, é aquele famoso post de Instagram: EXPECTATIVA x REALIDADE.

Você sempre tem a expectativa de que você cumprirá todos os treinos da planilha passados pelo seu treinador, que você estará com sua saúde 100%, sem lesões, que nesse período todo que muitas vezes dependendo da prova será de uns 6 meses, você não terá nenhuma surpresa no trabalho ou com os filhos, e que tudo estará em perfeita harmonia. Só que na realidade a vida não é assim, aquele treino que você não conseguiu fazer porque acordou cansado, e o calor ou a chuva ou qualquer outra situação fora do seu controle que não te deixa treinar naquele dia ou na semana inteira, aquela lesão que te tirou do seu planejamento, ou o que já aconteceu comigo, um acidente de bicicleta que você precisou entrar na sala de cirurgia e por aí vai.

Não sou uma atleta profissional, apesar de alguns momentos treinar como tal, apenas uso o esporte ou estes desafios para viver outros momentos, me desafiar em algo novo, confraternizar com outras pessoas, e por aí vai, pelo menos é assim para mim. Acredito que fazer tudo isso me ajuda ser uma pessoa melhor, me faz buscar a minha melhor versão todos os dias e claro me permite colecionar momentos, fracassos, vitórias, frustações e aprender com todas essas vivências, seja ela no esporte como na vida.

Por esse motivo, pratico o esporte e atividade física diariamente, ela me dá paz, me ensina muita coisa e me recorda o quanto TER saúde é o que mais importa pois sem ela, não conseguimos usufruir do que temos a nossa disposição.

Espero que eu tenha conseguido passar neste pequeno artigo a minha alegria na prática do esporte, mesmo lembrando que sem a disciplina não conseguiria fazer metade do que faço e com isso tenho a liberdade de escolha de como quero levar minha vida.

Desejo a todas vocês muita saúde, muita atividade física e uma vida cheia de desafios!

Carla Abrunhosa
Sócia e Head de Marketing, Comunicação e Canais Digitais at Gallagher Corretora de Seguros

Sou Carla Abrunhosa, 51 anos, divorciada, pisciana, mãe de 3 filhos – Madu (21), Mabel (19) e John (14). Ex-bailarina profissional do Teatro Municipal do RJ, formada em administração de empresas pela PUC-RJ, MBA Executivo pela Coppead, Diploma pela Columbia Business School no programa de CMO e Curso de Conselheira pelo IBGC e Membro do IBGC. Atuo no mercado de seguros há quase 30 anos, e nas horas vagas sou metida a triatleta amadora desde 2014, apaixonada pela prática do esporte, onde minhas manhãs de atividade física são inegociáveis e por fim adoro me conectar com pessoas.

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