Desafio para ramo de pessoas é despertar interesse do corretor
Por Camila Alcova
Fatores como o crescimento da economia, maior distribuição de renda, e diminuição do desemprego no País, são propícios para quem atua com seguros de pessoas. Diante desse cenário, falta iniciativa dos corretores no direcionamento de foco para a área de pessoas, na opinião do presidente do CVG-SP, Osmar Bertacini.
Se observarmos os últimos números da Susep, o mercado que mais cresceu foi o de seguro de vida, mas ainda não vejo o corretor de seguros atento a esse mercado, que está aflorando e crescendo, observa.
Bertacini complementa que isso ocorre pois grande parte dos corretores opta por focar seu trabalho na comercialização exclusiva do seguro de automóvel. Nosso grande paradigma, enquanto mercado, entidades, seguradoras, é o convencimento do corretor para esse mercado.
Além disso, outra questão que deve ser considerada pelo setor no trabalho de conscientização dos corretores, e consequentemente do segurado, é a proteção. Para ele, é necessário transmitir ao consumidor que além dos seguros a seus patrimônios, é importante ter uma proteção para si.
Osmar Bertacini, presidente do CVG-SP
Outras possibilidades de conscientização ao corretor quanto ao segmento são palestras, seminários e campanhas institucionais específicas, pondera.
O presidente do CVG-SP explica que a comercialização bancária é atualmente o que colabora para a evolução dos seguros de pessoas. É um mercado do corretor, e ele está deixando passar para um concorrente que está crescendo.
Bertacini finaliza que o crescimento do setor será impulsionado pelo despertar do interesse do corretor para essa comercialização. A partir disso, não há dúvidas de que esse mercado passará a ter um crescimento muito maior.
Consumidores conscientes
Na opinião de Ronald Kaufmann, da Scor-Re, um dos desafios para os corretores que atuam com o ramo é aumentar cada vez mais o acesso do seguro às classes emergentes, que dispõem de maior renda, tanto para sua proteção, quanto para uma reserva em poupança.Para o corretor também há o desafio de marketing, de marcar sua presença como efetivo canal de consulta e apoio ao consumidor, para que ele possa adquirir corretamente os produtos necessários em cada etapa de sua vida, para sua proteção e também para uma poupança futura, por conta de sua aposentadoria.
Ronald Kaufmann, da Scor-ReO diretor executivo da Bradesco Vida e Previdência, Eugênio Velasques, acredita que há muitas oportunidades para os profissionais que atuam com seguros de pessoas. As oportunidades estão cada vez mais claras, pois atualmente o consumidor consegue ter uma percepção maior da necessidade dos seguros de pessoas.
Velasques acrescenta que o mercado disponibiliza uma variedade de produtos que atendem os consumidores em todas as fases, o que colabora para a comercialização via corretor de seguros. O corretor hoje em dia tem um ambiente muito mais favorável, em relação ao que tinha no passado.
Eugênio Velasques, da Bradesco Vida e Previdência
Ele enfatiza a necessidade de o corretor estar atento e preparado para as possibilidades existentes no segmento. O desafio é enxergar as oportunidades e se preparar adequadamente para que elas não sejam exploradas por outros corretores, ou até mesmo por outros canais de distribuição.
Fonte: Revista Cobertura