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Deputado americano anti-aborto defende que estupro legítimo não engravida

Todd Akin, que também é candidato do Partido Republicano ao Senado pelo Estado americano de Missouri e membro do Comitê de Ciência da Câmara dos Deputados, fez os comentários em uma entrevista para a emissora KTVI-TV, ao explicar porque é contra o aborto.
O deputado foi questionado se acreditava que o aborto deveria ser proibido mesmo quando a gravidez fosse resultado de um estupro.
“Parece-me, pelo que entendi dos médicos, que isso é muito raro. No caso de um legítimo estupro, o corpo feminino tem maneiras de bloquear essa coisa toda”, disse Akin.
“Mas vamos supor que, talvez, esse mecanismo não funcione…Acho que deveria haver uma punição – mas é o estuprador quem deveria ser punido, não a criança”, acrescentou.
A entrevista provocou uma reação furiosa nos EUA, com muitos críticos atacando via blogs e Twitter tanto as noções científicas de Akin, quanto o comentário do deputado ao “estupro legítimo”.
Para a rival democrata de Akin, Claire McCaskill, as declarações foram “ofensivas”.
“Não dá para entender como alguém pode ser tão ignorante sobre o trauma físico e emocional de um estupro”, disse McCaskill, acrescentando, via Twitter, que como ex-promotora pública havia lidado com muitos casos de abuso sexual. “As ideias manifestadas por Todd Akin sobre o grave crime de estupro e o impacto deste crime sobre as vítimas são ofensivas.”
Terry ONeill, presidente da Organização Nacional para Mulheres, disse à rádio AP que a linguagem dos comentários tinha como objetivo “envergonhar as mulheres”.
Até o candidato presidencial republicano, Mitt Romney, e seu vice, Paul Ryan emitiram um comunicado esclarecendo que discordam da visão de Akin. “Uma administração Romney-Ryan não se oporia ao aborto em casos de estupro”, afirmou um porta-voz do candidato republicano.
Akin disse que havia sido mal interpretado. “(A entrevista) não reflete a profunda empatia que mantenho em relação a milhares de mulheres que são estupradas e abusadas todos os anos”, afirmou

Fonte: bbc.co.uk

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