CONSEGURO: Nunca vi um governo com tantos ouvidos disponíveis para ajudar o mercado, diz
Acredito que todos entendem a razão do ministro não estar presente. Ele não estar aqui não significa qualquer desconsideração ao mercado segurador. Ele, assim como outros ministros, foram convocados pela presidência da República para discutir saídas para essa crise. Eu posso afirmar que nunca antes tinha visto um ministro mais aberto para ouvir as solicitações da indústria de seguros, disse Roberto Westenberg, titular da Superintendência de Seguros Privados (Susep), que substituiu Joaquim Levy, ministro da Fazenda na abertura da 7a. Conseguro, ponderando um pouco o descontentamento de Armando Vergílio, presidente da Fenacor, com a falta de diálogo do governo com o setor.
Westerberg citou a grave crise que o país enfrenta e se mostrou otimista com uma saída no médio e longo prazo. Nunca vi um governo com tantos ouvidos disponíveis para ajudar o mercado. Mas há uma grande pluralidade dentro do governo, o que é bom para trilharmos as melhores soluções, afirmou o titular do órgão regulador do setor. Eu mesmo tive a oportunidade de participar de uma série de eventos promovidos justamente para ouvir, registrar e tomar as decisões que foram julgadas como ajuste do curso, como as mudanças no resseguro, citou ele.
Ele também citou um recente almoço realizado entre executivos do setor e Levy. o governo quer ouvir. Talvez o mercado precise falar coisas numa linguagem mais contundente. Ele não quer ouvir palavras de patrimonialismo. Quer ações que demostrem que o mercado vai apoiar o crescimento do Brasil O governo quer mudanças de paradigmas. Esse momento de crise pode ser um momento de mudar situações que atracavam o setor há longa data, frisou.
Falou-se em polo de resseguro, como o Brasil hospedar um hub de resseguros para a América Latina, com liberdade para o país ser protagonista. Também se falou sobre a reforma da previdência e como o mercado pode contribuir com isso. Falou-se sobre o seguro garantia, no sentido de elevar o percentual deste produto em financiamentos de projetos de infra-estrutura. Também demandas na área de saúde, para a qual o ministro pediu soluções. Tudo isso para entrar em prática necessita de sugestões abertas e mudanças de paradigmas. Isso que o governo quer ouvir dos executivos e políticos do setor, enalteceu Westenberg. Segundo ele, com uma interação maior entre as governo e iniciativa privada é que se chegará a uma solução para essa crise.
Fonte: CNSEG