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Às vésperas das eleições, Hassum faz sátira – e cópia – sem pudor em ‘O Candidato Honesto’

A três dias do início das eleições presidenciais, Leandro Hassum estreia no papel do político corrupto que concorre ao Palácio do Planalto, no longa O Candidato Honesto. Sob direção de Roberto Santucci e roteiro de Paulo Cursino – dupla que trabalhou com o ator nos dois Até Que a Sorte nos Separe –, o filme se lambuza de um humor raso e pastelão, típico das comédias que infestam o circuito comercial. O ponto positivo – sim, há um – está na crítica contundente feita à política nacional. A trama toca em escândalos como o Mensalão, retratado como “Mesadinha”, no qual o corrupto vivido por Hassum está envolvido. E faz uma provocação à bancada evangélica, na cena em que o ator Luis Lobianco satiriza o pastor Marco Feliciano, desafeto conhecido do grupo Porta dos Fundos, do qual Lobianco participa.
Mas vamos do começo. A premissa do longa não é nada original. A inspiração declarada é O Mentiroso (1997), que traz Jim Carrey como o advogado que, da noite para o dia, não consegue mais mentir. A diferença é que no longa brasileiro o protagonista tem outra profissão, que também faz dele um mentiroso por ofício. “Se, do dia para a noite, os políticos não pudessem mais mentir, não haveria eleição”, diz Hassum em entrevista ao site de VEJA. “Para compor o personagem, assisti a muita CPI, discurso, debate e entrevistas, e dá para ver que os políticos são até mais atores do que nós.”
O ator, aliás, admite que imitou Jim Carrey, e diz não ver nenhum problema em copiar. “Quis fazer uma homenagem a ele”, afirma. “O Candidato Honesto nasceu em um papo que tive com o roteirista do filme sobre esse longa, sobre fazer uma versão brasileira de O Mentiroso.” O filme também não esconde a referência: ele começa com uma cena em que João Ernesto, personagem de Hassum, faz caretas ao se esforçar para elogiar as roupas de sua mulher, Isabel (Flávia Garrafa), que está usando um colete e um vestido brega à lá Romero Brito. Caretas, como se sabe, são marca registrada de Carrey, que por sua vez copiava Jerry Lewis. “Ele foi criticado quando surgiu porque diziam que era imitação do Jerry Lewis”, lembra Hassum.

Fonte: http://veja.abril.com.br

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