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EUA preveem recuperação ainda este ano

Um dia antes do anúncio do plano de recuperação do sistema bancário americano, que pretende limpar US$ 1 trilhão de ativos podres dos bancos em perigo, o governo dos EUA defendeu ontem as medidas adotadas até agora contra a crise e avaliou que a economia do país entrará em recuperação ainda este ano. Em entrevista à TV CBS, o presidente americano, Barack Obama, afirmou que “já começa a ver luzes de esperança”.
A presidente do Conselho de Assessores Econômicos da Casa Branca, Christina Romer, por sua vez, disse que o governo está “incrivelmente confiante” de que a economia voltará a crescer em 2009.
– Eu acredito que escolhemos políticas absolutamente certas – disse Christina, ao participar de um programa na CNN.
– E tenho todas as expectativas, como também mostram as projeções do mercado, que vamos voltar a crescer este ano.
A avaliação foi mais otimista que a do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke. Em fevereiro, Bernanke afirmou que a recessão nos EUA poderia terminar este ano, mas que uma retomada do crescimento ocorreria apenas em 2010.
O plano de recuperação do sistema bancário, que vai ser detalhado hoje pelo secretário do Tesouro, Timothy Geithner, prevê US$ 100 bilhões em recursos públicos para financiar a compra de US$ 1 trilhão de ativos podres por investidores privados, informou a assessora. O objetivo seria formar parcerias público-privadas. Os US$ 100 bilhões virão do pacote de US$ 700 bilhões aprovado no governo Bush, em outubro de 2008, e serão administrados por uma agência a ser criada pelo Tesouro americano, segundo o jornal “Washington Post”.
Obama admite, porém, que há riscos sistêmicos Apesar de sinais de otimismo, ao ser perguntado se pode haver um colapso financeiro em cadeia, caso uma grande instituição quebre, Obama admitiu: – Acho que há riscos sistêmicos e, se não fizermos nada, podemos ter outros grandes problemas.
O plano a ser anunciado hoje deve oferecer financiamentos a juros baixos para atrair investidores privados para a compra de dívidas hipotecárias.
– Estamos falando de firmas privadas que estão fazendo para a gente um favor – afirmou Christina.
Christina também rebateu temores de que investidores privados podem rejeitar uma associação com o governo americano após o escândalo provocado pelos bônus pagos pela seguradora AIG a seus executivos. A empresa pagou US$ 218 milhões em bônus depois de receber ajuda estatal para evitar a falência.

Fonte: O Globo

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