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Prêmios de resseguros do IRB crescem 12%

São Paulo, 14 de Outubro de 2008 – Nos primeiros meses de operação no mercado aberto de resseguros, depois de 69 anos como monopolista estatal, o Instituto de Resseguros do Brasil (IRB-Re) anunciou crescimento de 12,66% de seu lucro líquido e de 9,47% em prêmios de janeiro a junho deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado.
Os números, que serão oficialmente divulgados no fim do mês, foram adiantados ontem pelo gerente de estratégia da empresa, Sebastião Pena, durante seminário promovido pelo International Business Communications (IBC), em São Paulo.
O lucro líquido do IRB-Re no semestre somou R$ 149 milhões para R$ 1,548 bilhão em prêmios emitidos. Somente apólices de resseguro (uma espécie de seguro do seguro) para cobrir grandes riscos de projetos agrícolas e seguro garantia representaram um salto de 190,2% e 152,9%, respectivamente.
De acordo com Pena, o resultado se deve, principalmente, à estratégia de reter contratos antigos no novo mercado, que passou a operar abertamente em abril. “Para garantir resultados positivos, a política de renovação de contratos e gestão de risco foi reestruturada com foco na adequação da capacidade técnica de retenção”, afirmou o executivo.
No segundo dia do seminário, especialistas da Marsh e Harmonia e do escritório de advocacia Pellon & Associados e do setor de resseguros vão discutir o papel do corretor de seguros no novo mercado, questões contratuais para cobertura de grandes riscos e a experiência de outros países.
Retrocessão de riscos
Ontem, a Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgão governamental que regula o mercado de seguros e resseguros, estendeu para 31 de dezembro o prazo concedido ao IRB-Re para fazer a retrocessão de riscos no mercado internacional de resseguros.
A data original para que o instituto fosse autorizado a repassar riscos internos para resseguradores ainda sem permissão para atuar no País terminaria nesta sexta-feira, quando o novo mercado completará seis meses de operação. A retrocessão é uma operação em que uma resseguradora cede riscos, informações e parte do prêmio de seguro para outra ressegurador.
O problema é que, além do IRB-Re, apenas duas resseguradoras podem atuar no mercado local de resseguros, Munich Re e JMalucelli. O executivo do IRB-Re, Sebastião Pena, afirmou que faz parte da estratégia da empresa reduzir sua capacidade de retrocessão. “A tendência é continuar operando com maior participação relativa nos negócios e reduzir o volume de retrocessão, que atualmente é de 50%”, diz Pena.
(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados – Pág. 4)(Luciano Máximo)

Fonte: Gazeta Mercantil

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