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Porto Seguro tem lucro menor

O grupo Porto Seguro, dono da maior seguradora de automóvel do Brasil, registrou lucro líquido de R$ 136,7 milhões no primeiro semestre deste ano, recuo de 37,8% em relação ao mesmo período anterior. O faturamento chegou a R$ 2,7 bilhões, 14,3% superior. O retorno sobre o patrimônio caiu quase pela metade, de 28,9% para 14,8%.
A carteira de automóvel, que representa 66% do faturamento total do grupo, registrou alta de 11,6%, para R$ 1,48 bilhão. A Porto vendeu R$ 1,2 bilhão e a Azul Seguros, conhecida como a seguradora light dentro do conglomerado por ter produtos mais básicos, os outros R$ 269 milhões. A venda de seguro de vida, com R$ 123 milhões, cresceu 28%, e encerrou o semestre com 4,6 milhões beneficiários. Desses, 2,3 milhões vieram do varejo, onde a Renner é a maior parceira.
O ganho do grupo, que opera também com consórcio e financeira, foi impactado por perdas de R$ 20 milhões na carteira de automóvel, apesar do resseguro. O prejuízo foi causado pelas chuvas no primeiro trimestre do ano, informa José Tadeu Mota, diretor de relações com investidores da Porto Seguro.
A queda do preço do seguro de carro também ajudou a reduzir o ganho da Porto. Segundo o executivo, os itens segurados na carteira automóvel subiram 11% na Porto e 54% na Azul, mas a concorrência acirrada no Rio de Janeiro e em São Paulo derrubou o prêmio médio da Porto em 5%, para R$ 1,6 mil. A Azul, ao contrário, observou alta de 9%, para R$ 1,2 mil. “Mas a Azul tem pouca representatividade no total.”
O resultado financeiro também trouxe impacto ao ganho. As receitas financeiras totais caíram 15,2%, para R$ 227,9 milhões. Da carteira de investimentos de R$ 4 bilhões, 98% estão aplicados em títulos de renda fixa e 2% em renda variável. A volatilidade do mercado acionário fez a Porto fazer hedge para a carteira. “Acreditamos que isso nos traga um resultado melhor no segundo semestre”, diz.
Entre os destaques do primeiro semestre estão o lançamento do serviço de help desk, a parceria com a rede Estapar para o empréstimo de bicicletas aos segurados, a ampliação dos centros automotivos, totalizando 72, sendo 22 inaugurados no último semestre, e o lançamento do seguro dental. Para o segundo semestre, o foco do grupo é recuperar a rentabilidade. “O ganho não ficou no patamar esperado para o primeiro semestre, que era de pelo menos manter o lucro. Mas como o mercado de seguros obteve resultados excelentes em 2006 e 2007, a expectativa é de que volte a apresentar níveis normais de rentabilidade, com retorno sobre o patrimônio em até 20%. A média nos anos citados superou 30%.

Fonte: Gazeta Mercantil

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