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Mercado de seguros cresce 25% na região de Rio Preto/SP

A região de Rio Preto produziu, no primeiro semestre deste ano, R$ 210 milhões em apólices de seguros, o que representa um crescimento de 25% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram movimentados R$ 168 milhões. O desempenho é mais do que o dobro do mercado nacional, que cresce 12% ao ano. Os dados são da delegacia regional do Sindicato dos Corretores de Seguro no Estado de São Paulo (Sincor-SP). Pelo menos metade dessas apólices são de seguros de veículos, seguido pelo patrimonial (principalmente de empresas), o residencial, seguro de vida e previdência privada. Para o delegado regional Sincor-SP, Rafael de Freitas Carvalho, o crescimento do mercado regional acima da média do País pode ser atribuído ao bom momento da economia, superior ao de outras regiões.
“O seguro tem papel importante como reparador social de fortalecimento da economia e para garantir a sustentabilidade das empresas, organizações e da vida das pessoas no aspecto financeiro”, disse. O presidente do Sindicato das Seguradoras, Previdência e Capitalização (Sindsegsp), Mauro César Batista, afirmou a região de Rio Preto é considerada uma das ilhas dentro do desenvolvimento do Estado de São Paulo, que é responsável pela emissão de metade das apólices emitidas em todo o Brasil. Por isso, o crescimento das contratações supera a média nacional, que deve ser de 15% este ano, comparado a 2007. Batista participou ontem de um evento em Rio Preto, o “Seguro em todo Estado”, que reuniu empresários, representantes de classe e de municípios. O objetivo do encontro foi mostrar ao mercado o papel do seguro como reparador social e impulsionador da economia.
Dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep) mostram que no ano passado, o mercado de seguros devolveu, em todo País, R$ 7,1 bilhões em sinistros de veículos, seguido por R$ 3,4 bilhões de empresariais, R$ 1,7 bilhão por responsabilidade civil (auto), R$ 2,4 bilhões nos demais ramos, R$ 766 milhões para os seguros empresariais, R$ 717 milhões, de grandes riscos, R$ 481 milhões para os aeronáuticos e R$ 640 milhões na área de transportes nacionais. Não existem dados concretos, mas os representantes das duas entidades estimam que, pelo menos metade da população brasileira esteja coberta por algum tipo de seguro. Segundo dados do Sindsegsp, hoje, 36% do mercado de seguro no País é liderado pela previdência privada e “vida gerador de benefício livre” (VGBL), seguido por veículos (23%), patrimonial e pessoal, empatados com 14% e saúde (13%).
“As operações de seguro no Brasil têm crescido, mas ainda estão distantes do ponto de vista de equilíbrio, apesar de o mercado oferecer hoje uma grande quantidade de produtos para cobrir riscos que não eram oferecidos há 10 anos”, disse Batista. No entanto, na opinião de Batista, o principal problema ainda é a falta de cultura do brasileiro. “O seguro é um produto que fornece eficácia, mas tem um componente que traz dúvidas quanto à eficiência porque a indenização por um sinistro é recebida como um prejuízo. As pessoas têm de entender que ele serve para amenizar uma situação de perda”, afirmou.
Outra dificuldade, na opinião de Batista, ainda é o custo. “Ele ainda é caro em alguns segmentos e é preciso que haja uma expansão para que seja acessível a todas as camadas sociais, o que está sendo programado pela indústria do seguro”, disse. Exemplo disso é que só 19% da frota de veículos do País é segurada. “A frota é antiga e o custo do seguro que varia de acordo com o modelo, ano e risco de furtos e roubos, aumenta o valor”, afirmou.

Fonte: Diário da Região – S. J. do Rio Preto

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