Swiss Re aguarda licença para operar
Empresa, com faturamento US$ 30 bilhões, já investiu US$ 5 milhões no Brasil
Com faturamento global em torno de 34 bilhões de franco-suíço, cerca de US$ 30 bilhões, a Swiss Re já investiu US$ 5 milhões – valor determinado pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) – para operar no Brasil no segmento de resseguro. A empresa só está aguardando a Susep conceder a liberação da licença de operação para iniciar suas atividades no Brasil.
A partir do próximo dia 17, todas as empresas estrangeiras poderão operar no mercado brasileiro, conforme informou nesta segunda-feira o presidente da Swiss Re do Brasil, Henrique Oliveira, acrescentando que mais de 10 empresas estrangeiras já solicitaram à Susep a licença de operação, inclusive, o maior concorrente da Swiss Re, a resseguradora Munique, da Alemanha.
A Swiss Re deseja participar do mercado de resseguros brasileiro, por ser novo e está em expansão. “Nós buscamos o lucro e o conhecimento. Ressaltou que é também desejo da empresa é obter um retorno sobre os investimentos que vier a fazer e um retorno sobre o capital alocado, que não é, necessariamente, dinheiro que vem de fora e colocado no país numa conta bancária.
“Estamos falando de grandes capitais. Capacidade de resseguro é o nosso capital disponibilizado para correr riscos no Brasil e isto tem que trazer um retorno adequado sobre este investimento” comentou, acrescentando que um dos principais objetivo da empresa é ser líder no mercado brasileiro de resseguro.
Liderança e produtos
Segundo o presidente de Swiss Re do Brasil, Henrique Oliveira, “a nossa missão também é sermos líder no mercado brasileiro de resseguro, na medida que isso for possível. Em contrapartida, oferecemos uma empresa de 145 anos, líder global de resseguro, com presença em mais de 30 países, muita informação e publicação e treinamento. Isto é que desejamos fazer no Brasil o que temos feito no resto do mundo. Não fizemos antes no Brasil por uma questão legal”.
Também fez questão de ressaltar que os principais produtos que a Swiss Re irá operar no país serão direcionados para os segmentos de agrícola, patrimoniais, crédito e garantia, engenharia, marine (cascos e transporte de produtos), e vida. No setor de engenharia, explicou que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) pressupõe grandes obras de grandes valores, que demandarão a contratação de apólices de grandes riscos de engenharia. Isto, na sua opinião, irá crescer muito.
“A construção, puxa o PAC que, por sua vez, puxa o resseguro garantia, para garantir a performance do contrato, a execução da obra. E as empresas contratam mais resseguro. Engenharia que estamos falando é a de instalação, construção e montagem Cobre todos os risco de uma obra”.
O presidente da Swiss Re Brasil estima um crescimento significativo do mercado de resseguro. Apesar de não ter dados concretos, citou a receita de prêmios paga pelo IRB Brasil Re para estimar que o faturamento do setor em 2007 – ainda não foi fechado – poderá chegar a R$ 3,7 bilhões. No ano anterior, ficou em cerca de R$ 3,4 bilhões.
Fonte: Monitor Mercantil