Luz e força para crescer
O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, garante que haverá energia suficiente para atender o mercado brasileiro. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) dá conta de risco de déficit de apenas 5,9% para 2011, no cenário de demanda alta de energia e nenhuma contratação no leilão do tipo A-3 (com início de oferta em três anos) ano que vem. “Até 2010, há equilíbrio estrutural entre oferta e demanda de energia”, explica Tolmasquim.
O casamento entre oferta e demanda de energia nos próximos anos, contudo, depende de que todos os projetos saiam do papel no prazo estimado. Está previsto que, de 2008 até dezembro de 2011, 25 hidrelétricas entrem em operação, adicionando 4,9 mil MW ao sistema elétrico brasileiro.
Se há dúvidas com relação à oferta de energia, cresce uma convicção no setor: o preço da energia vai aumentar. Segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), se as tarifas subirem os 20,3% estimados pelo Plano Decenal de Energia Elétrica (PDEE) 2006-2015, sendo 34,5% para o setor industrial, o Brasil sofrerá perda de 8,6 pontos percentuais do PIB no período, o equivalente a R$ 214 bilhões. O JORNAL DO COMMERCIO, no suplemento Energia: Luz e Força para o Crescimento, ouviu os principais executivos do setor, como José Luiz Alquéres, da Light; Wilson Ferreira Júnior, da CPFL; Othon Luiz Pinheiro, da Eletronuclear; e José Sérgio Gabrielli, da Petrobras, para ilustrar os desafios do setor, fundamental para a sustentação do crescimento na faixa atual, de 5% do PIB a cada ano.
Fonte: Jornal do Commercio