Cresce renda disponível das famílias
Raquel Salgado
19/10/2006
A deflação no preço dos alimentos e o menor reajuste nas tarifas públicas elevaram a renda disponível das famílias para o consumo de bens em 6,6% este ano, segundo cálculos da MB Associados. O crescimento é superior ao da massa de salários e é uma das razões para a expectativa de um aumento de 5% nas vendas do comércio, percentual bastante acima da média de 3% projetada para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano.
Os preços dos alimentos e bebidas nos últimos 12 meses até setembro acumulam queda superior a 1%. Em 2005, em igual comparação, esses itens apresentavam trajetória oposta, com alta de 3,95%. O dólar baixo, que ajuda a derrubar o preço de alimentos, também contribuiu para a queda do custo de eletroeletrônicos e itens de vestuário, entre outros.
Nas contas da RC Consultores, após pagar as contas de serviços básicos e com alimentação, uma família com renda de R$ 2,1 mil pode contar com 68% deste total para o consumo de bens e serviços não essenciais. É o maior percentual desde 2002.
Fonte: Valor