Quem Nunca?
Quem nunca se sentiu como uma fraude em meio ao sucesso? Com a sensação de que a qualquer momento seria “desmascarada”? Fique tranquila! Esse é um sentimento comum em várias mulheres.
Algumas pessoas se referem a ele como “Síndrome da Impostora”, entretanto, vou tomar a liberdade de abordar como Fenômeno da Impostora. Síndrome parece uma doença e eu considero uma reação interna, relacionada às nossas crenças e sentimentos.
Por que será que somos mais propensas a senti-lo com intensidade? Somos o reflexo de uma cultura que nem sempre nos empodera e encoraja a desafiar limites desde a infância. Quem nunca ouviu a frase: “isso não é coisa de menina!” ao expressar o desejo de fazer algo diferente?
Essa frase, a princípio, parece inofensiva, mas ecoa em nossas mentes, limitando nossas ambições e nos fazendo questionar nossas capacidades.
Crescemos ouvindo esse “mantra” limitante em diversas situações: na escolha de um esporte, na roupa que vestimos, na profissão que seguimos… E aí vamos perdendo a nossa identidade.
O Fenômeno da Impostora nos faz duvidar de nossas conquistas, atribuindo-as à sorte ou a fatores externos, e não ao nosso esforço e talento.
Como virar essa chave e silenciar a voz da autossabotagem? Como reconhecer que somos capazes e merecedoras de tudo o que conquistamos?
O caminho para a autoconfiança é uma jornada desafiadora. O primeiro passo é reconhecer o Fenômeno da Impostora em nós. Identificar os pensamentos e sentimentos que nos fazem duvidar de nós mesmas é fundamental para começarmos a questioná-los.
Tenho me dedicado a estudar o Fenômeno da Impostora, porque me incluo nesse processo. No meu caso, realizei um mergulho interior para identificar e trabalhar essa sensação de fraude.
Não é um processo fácil e, muitas vezes, pode ser doloroso, mas o autoconhecimento é essencial para nos libertarmos de crenças limitantes e medos que nos impedem de alcançar nosso potencial máximo.
Algumas mulheres conseguem trilhar essa jornada de autoconhecimento sozinhas, enquanto outras precisam de apoio profissional, e está tudo bem! Eu, por exemplo, busquei a terapia para me ajudar a identificar meus gatilhos, crenças limitantes e medos.
A partir do momento em que reconhecemos esses sentimentos e emoções, podemos começar a trabalhar para ressignificá-los. Técnicas como respiração consciente e meditação são ferramentas poderosas que nos ajudam a controlar a ansiedade, realizar uma reconexão interior, para alterar a frequência da autossabotagem e desenvolver a autoconfiança.
Uma mudança na forma de pensar (mindset) também é importante. Criar afirmações positivas que reflitam nossos valores e objetivos, repetindo-as diariamente, ajuda na reprogramação dos pensamentos e fortalece a autoconfiança.
Essas são algumas dicas, pois não existem fórmulas mágicas ou soluções instantâneas para superar o Fenômeno da Impostora. É um trabalho contínuo de autopercepção e aceitação.
Se você cometer um erro, não se culpe! Aprenda com ele e siga em frente. Cultive o hábito de olhar para si mesma com positividade, amorosidade, reconhecendo e tendo gratidão a tudo o que você faz e realiza.
Abrace sua vulnerabilidade! Viver é uma jornada tortuosa, repleta de surpresas e desafios. Não importa o ritmo, o importante é viver o presente e seguir em frente com coragem e autenticidade.
Lembre-se: Você é forte, capaz e merecedora de todo o sucesso que alcançar. Acredite em si mesma e siga em direção aos seus sonhos!
Dicas de livros sobre o tema:
* Síndrome da impostora: Por que nunca nos achamos boas o suficiente? De Rafa Brites.
* A coragem de ser você mesmo, de Brené Brown.
* A montanha é você: Como transformar a autossabotagem em autocontrole, de Brianna Wiest.