Ministérios assinam protocolo para promover Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça
Os Ministérios das Mulheres e dos Transportes assinaram protocolo de intenções para promover Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça.
O objetivo do protocolo é incentivar as empresas a executarem ações de igualdade entre mulheres e homens no mercado de trabalho formal.
A 7ª edição do Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça é coordenada pelo Ministério das Mulheres, em parceria com os ministérios da Igualdade Racial e do Trabalho e Emprego, a ONU Mulheres e a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
O protocolo incentiva a igualdade no acesso, na remuneração, na ascensão e na permanência das mulheres nas agências reguladoras e empresas públicas vinculadas ao Ministério dos Transportes, e também em toda a rede de companhias que atuam direta e indiretamente na infraestrutura rodoviária, ferroviária e logística do país.
O ministro Renan Filho abriu o encontro reafirmando o compromisso de priorizar a inclusão das mulheres em todas as áreas e destacou que, juntamente com o Ministério das Mulheres, estão construindo uma agenda conjunta para apresentar as melhores práticas para a questão. O presidente Lula foi muito enfático no que diz respeito à remuneração igual para o desempenho das mesmas funções. Acredito que essa seja uma das agendas mais relevantes, destacou Renan Filho.
Conforme avaliação do ministro, a ação conjunta das pastas dos Transportes e das Mulheres, que coordena o Pró-Equidade, é desenvolvida para cumprir essa agenda de valorização das brasileiras e ampliar a presença delas em toda a cadeia logística da infraestrutura.
A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, destacou os muitos desafios da questão da igualdade.
Dentre eles, a dificuldade para as mulheres de aceitar um cargo, de estar em espaços de poder por serem as principais responsáveis pelos cuidados em casa. Nós queremos, mas estamos colocadas num lugar que está difícil sair. A igualdade precisa discutir elementos fundamentais, como os espaços para as mulheres, como alterar o quadro e construir uma estratégia para que elas possam ter melhores condições dentro da própria empresa.
Para a ministra, cada empresa tem a sua autonomia e decide os benefícios que quer para os funcionários e funcionárias. Mas precisamos ter estratégias. Vimos no Relatório de Transparência Salarial que somente 21% das empresas, de fato, tem estratégia para a questão da igualdade de gênero, porque não tem política de creche, nem de auxílio, afirmou.
Presente no evento, a secretária Nacional de Autonomia Econômica e Política de Cuidados, Rosane Silva, ressaltou a importância da assinatura do protocolo. Esse momento é histórico. É a primeira vez que a gente tem uma quantidade de empresas do ramo do transporte aderindo ao Pró-Equidade. A gente quer sair da ideia de que as empresas que incorporam são as empresas onde já tem maioria mulheres. Nós queremos que este programa mostre que as mulheres podem estar em todos os espaços de decisão e não somente nas categorias historicamente onde mulheres são maioria, disse.
Ao todo, 12 instituições do setor de infraestrutura e todas as concessionárias de rodovias federais assinaram documento de adesão coletiva, comprometendo-se a desenvolver ações para ampliar o acesso e promover igualdade salarial e de progressão profissional para mulheres em suas dependências.
Fonte: NULL