Haddad defende destravar PPPs e nova âncora fiscal
O futuro ministro da Fazenda do governo Lula, Fernando Haddad (PT), disse nesta quarta-feira (14) que “todo mundo sabia que o teto de gastos era uma saída precária, não era sustentável”. Ele defendeu uma nova âncora fiscal no começo do ano, a ser feita por lei complementar, e quer ainda “destravar” as Parcerias Público-Privadas (PPPs) como meio de fazer mais investimentos.
Na terça (13), Haddad anunciou durante entrevista coletiva os nomes de dois integrantes de sua futura equipe: o economista e ex-banqueiro Gabriel Galípolo, que será o secretário-executivo (número 2 da pasta) e o economista Bernard Appy, que será secretário especial para reforma tributária.
Ele deu entrevista ao Estúdio i, na GloboNews. A repercussão da entrevista fez o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, fechar em alta.
O ministro defendeu uma nova âncora fiscal, sem detalhar qual, para o lugar do teto de gastos. “Todo mundo sabia que o teto de gastos era uma saída precária, não era sustentável (…)
Há maneiras mais inteligentes na minha opinião de fazer. Isso significa rompimento com a responsabilidade fiscal?
De maneira nenhuma. Significa mostrar pro país que é possível um desenho mais confiável de longo prazo (…) É bom e sustentável e traz a trajetória pro patamar correto”. “Estado forte não é grande”:
Haddad disse que “estado forte não é grande; é aquele que paga contas, gasta em Educação e Saúde, faz ferrovias, transposição do rio São Francisco, que aguenta choques externos”.
A nova âncora fiscal para substituir o teto será apresentada via lei complementar no começo do ano, disse. Responsabilidade fiscal: “Tem formas na minha opinião mais confiáveis, mais críveis, mais adequadas para compatibilizar responsabilidade fiscal e responsabilidade social, até porque eu considero a responsabilidade fiscal parte da responsabilidade social. Porque eu concordo com a tese de que um estado desorganizado é um estado que acaba punindo o mais fraco (…) um estado que se desorganiza, que se deixa desorganizar, é um estado que vai acabar desatendendo quem mais precisa dele”.
Fonte: NULL