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Aumenta a preocupação com o futuro dos negócios

A preocupação e o sentimento de angústia entre os donos de pequenos negócios aumentaram em fevereiro, reflexo da piora da pandemia do coronavírus, segundo estudo do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Desde o início da pandemia, as instituições estão pesquisando o impacto da crise nas pequenas empresas.

A proporção de empresários preocupados com o futuro do negócio chegou a 57% em fevereiro, a mais alta desde a edição da pesquisa realizada em setembro de 2020, quando 43% dos empreendedores revelaram esse sentimento.

Em setembro, 18% dos donos de negócios estavam aliviados e esperançosos com o futuro. Em fevereiro, esse número caiu para 9%.

Alguns setores sentem ainda mais a crise. Os maiores índices de empresários aflitos estão nos seguintes setores:

Serviços de alimentação com 68%;
Economia criativa com 67%;
Beleza com 64%;
Pet shops com 62%;
Turismo, moda e energia com 60% cada.

“No caso do turismo e da economia criativa, por exemplo, existem complicadores adicionais, como a questão do transporte e da grande concentração de público em locais fechados”, afirma Carlos Melles, presidente do Sebrae.

Esses setores têm sido os mais impactados, porque nem sempre é possível oferecer os serviços de forma on-line, de acordo com Melles.

A pesquisa mostra também que apenas 16% das empresas estão funcionando da mesma forma que antes do início da pandemia. Esse número cai para 5% entre as empresas de economia criativa, e para 4% entre as empresas de turismo.

Esses setores também são os que mais têm negócios com atividades paradas. Entre as empresas ligadas à economia criativa, 40% estão sem funcionar. Já entre as de turismo, 32% estão nessa situação.

De acordo com os empresários ouvidos pela pesquisa, a expectativa é que haja uma melhora da pandemia somente daqui a 17 meses. A justificativa é a grande queda no faturamento dessas empresas.

No turismo, 85% dos pequenos negócios relataram piora no faturamento em 2020, quando comparado com 2019. Na economia criativa, foram 84% das empresas.

Fonte: NULL

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