Ataques cibernéticos aumentam a um ritmo acelerado
Estudo da Threatmetrix indica que o volume de ataques cibernéticos em todo o mundo está aumentando a um ritmo acelerado.
A Threatmetrix afirma ter parado 171 milhões de ataques contra seus clientes entre julho e setembro, o que representa um aumento de 100% com relação ao mesmo período de 2015.
O aumento parece estar correlacionado com grandes vazamentos de dados sofridos por empresas nos últimos meses, de acordo com a companhia.
Não é portanto nenhuma surpresa que outro estudo, elaborado pelo Instituto Ponemon, um think tank especializado, e pela consultoria Accenture tenha observado um forte incremento nos gastos em segurança cibernética por parte das grandes empresas.
De acordo com a Threatmetrix, a grande especialidade dos ataques originados no Brasil é a criação de contas de usuários falsas que são utilizadas para cometer fraudes.
A América do Sul é responsável por 43% de todos os ataques através da criação de falsas contas de usuários, a maior proporção do mundo.
Os principais alvos dos ataques brasileiros são empresas sediadas nos Estados Unidos, Argentina, Reino Unido e Colômbia, além do próprio Brasil.
Empresas de mídia são as mais visadas, e o volume de ataques originados na região cresceu 68% desde o terceiro trimestre de 2015.
Mas o Brasil não é o único país emergente que está ganhando espaço neste segmento do submundo, já que China, Índia e Vietnã também se encontram entre os dez maiores produtores mundiais, grupo completado pela Itália e a Espanha.
Segundo a Threatmetrix, o crescimento dos ataques está relacionado também ao forte aumento das transações realizadas por meio de telefones celulares.
Pela primeira vez a empresa registrou mais operações feitas por telefone celular do que por computadores em um trimestre.Os ataques mais comuns visam os dados de usuário e senhas de acesso a sites e apps, com 83% do total, seguidos dos pagamentos eletrônicos, com 14%.
A criação de contas falsas representa 3% de todos os ataques observados pela Threatmetrix.CustosCom os ataques cibernéticos em alta, as empresas também estão gastando cada vez mais dinheiro em medidas de segurança para tentar evitá-los.
Segundo o levantamento do Instituto Ponemon e da Accenture, as grandes empresas globais estão gastando 23% mais em 2017 do que no ano passado em cibersegurança.Isso equivale a US$ 11,7 milhões por ano, em média, entre as empresas pesquisadas.
Fonte: Threatmetrix – Pesquisa