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Caixa vai liberar mais R$ 8,7 bi para imóveis

A Caixa Econômica Federal vai liberar, até 30 de novembro, mais de R$ 8,7 bilhões em recursos de orçamentos suplementares do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para o crédito imobiliário Pessoa Física e Apoio à Produção. O objetivo do banco é garantir recursos suficientes para normalizar o ritmo de contratações do Programa Minha Casa Minha Vida (MCMV)para famílias com renda familiar bruta mensal de até R$ 4 mil, faixa 2.

Com o propósito de restringir o crédito imobiliário, a Caixa anunciou, em setembro, mudanças nas regras, como a exigência de 50% do valor do imóvel como entrada, e não mais 30%, para imóveis usados financiados com recursos da Poupança. Essa modificação travou os empréstimos e alguns compradores ficaram sujeitos a perder o imóvel.

De acordo com a Caixa, os contratos que seriam finalizados pelas agências antes das medidas que restringiram o valor emprestado, cujo percentual de financiamento poderia atingir até 80% do preço do imóvel, terão as condições mantidas e prorrogadas até o fim deste mês. O banco informou também que as avaliações dos imóveis em garantia ao crédito de pessoa física que tiveram sua validade expirada durante o período de transição serão renovadas automaticamente até o fim do ano, o que garante a continuidade dos financiamentos.

O vice-presidente do Sindicato de Habitação do Distrito Federal (Secovi-DF), Ovídio Maia, explicou que a liberação desse valor atende a uma reclamação do setor em relação aos processos que estavam atrasados após a mudança nas regras. “De uma hora para outra mudou e isso causou um prejuízo imenso. Para nós, do mercado, é necessário um planejamento, um projeto de vida”, reforçou. Ele destacou que a falta de projetos de médio e longo prazos gera insegurança na área com menor índice de inadimplência do país. Segundo ele, essa ação é melhor do que nenhuma, mas que o mercado precisa de uma estabilidade maior.

Conseguir um lar é o desejo de muitos brasileiros, inclusive do gerente de relacionamento Aílton Ramos, 34 anos, que, depois de comprar um apartamento, foi obrigado a procurar outro quando a mulher engravidou. “Tivemos que pensar em um lugar maior”, lembrou. Vendeu o antigo imóvel em Samambaia para comprar um mais adequado à família em Taguatinga. Para isso, foi obrigado a buscar crédito no banco. “Precisei de mais recursos para poder financiar a propriedade que eu queria”, detalhou.

O tempo gasto com o processo, na opinião de Ramos, nem foi tão longo. “Todo o procedimento durou cerca de 30 a 40 dias”, explicou. O que mais o incomodou o gerente de relacionamento foram as exigências bancárias. “Quando entrei com o financiamento, a linha de crédito da instituição financeira estava mais alta, então, tive que comprar vários produtos do banco”, salientou.

Para o servidor público Leonardo Costa, 23, a pressa de deixar a casa dos pais para morar sozinho deixou a espera mais difícil. “Eu fiquei um ano e meio morando com meus pais para conseguir juntar dinheiro e garantir um bom local”, disse. A preocupação dele agora, que conseguiu o apartamento em Águas Claras, é o tempo de financiamento. “Para terminar de quitar as parcelas, vou levar de 30 a 40 anos, um tempinho”, explicou.

Segundo a nota divulgada pelo banco, a contratação do crédito imobiliário neste ano está cerca de 20% maior em relação ao mesmo período do ano passado e já foram emprestados mais de R$ 72,4 bilhões até o momento em todas as modalidades de crédito imobiliário. “O banco adotou a estratégia de execução mensal do orçamento para todas linhas de crédito imobiliário, com objetivo de cumprir o orçamento anual disponível até dezembro”, afirmou.

Fonte: Correio Braziliense

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