Mercado de SegurosNotícias

Zurich e Odebrecht Seguros fazem aliança para obras

As grandes obras de infraestrutura no Brasil atraem cada vez mais a atenção das seguradoras que atuam no País. Um exemplo disso é a parceria fechada entre a Odebrecht e a seguradora Zurich. “Em um investimento de US$ 6 bilhões, em que a Construtora Odebrecht tem uma participação de 18%, é importante ter garantias e gerenciamento de risco. Nossa relação de longo prazo com a competência técnica da Zurich permite essa aliança com a corretora OCS”, afirma o diretor da Odebrecht Corretora de Seguros (OCS) Luís Barreto.
Barreto também falou que foram somados US$ 10,5 bilhões em novos contratos da Odebrecht no Brasil. “A OCS está trabalhando com a CSN na Transnordestina, um negócio de US$ 1 bilhão, e também com a Vale, em um outro empreendimento de US$ 1 bilhão”, afirmou.
Ainda sobre o mercado de gerenciamento de risco para grandes obras, o chefe global de Engenharia da Zurich, o suíço Emanuel Bats, afirmou que sua companhia atende às principais construtoras do Brasil. “Atendemos 134 das 225 construtoras globais, dentre elas as principais brasileiras. A área de risco de engenharia representou para a Zurich US$ 1,2 bilhão em prêmios, em todo o mundo”, especificou Bats.
Durante a conferência sobre riscos de engenharia, diversos executivos das construtoras, entre elas a Camargo Corrêa, pediram detalhes sobre o seguro de risco político oferecido pela Zurich para países como Venezuela, Argentina e Bolívia. O diretor de Linhas Financeiras da Zurich, Eduardo Pitombeira, falou sobre os principais problemas. “Se a Camargo Corrêa investir em construção civil na Venezuela, o risco de expropriação é menor, mas não podemos dizer o mesmo de investimentos na área de petróleo. Já tivemos sinistros tanto na Bolívia como na Venezuela. Na Argentina, o risco é a falta de conversibilidade do câmbio.”
Segundo o presidente da Zurich, Pedro Purm, o País está em destaque, o que lhe dá importância na estratégia da multinacional suíça. “No contexto global, com a crise mundial, o mercado segurador retraiu-se por falta de crédito. O Brasil foi um dos poucos países a apresentar um cenário promissor. Estamos presentes como uma das seguradoras da Usina de Santo Antônio, no Rio Madeira [em Rondônia], e, diretamente ou indiretamente, pelo fato ser um investimento muito grande, estaremos presentes na Usina de Belo Monte”, vislumbrou.
Segundo Purm, a empresa deve crescer acima de 20% em 2010. “O primeiro trimestre foi muito bom. O mercado de seguros deve crescer 12% este ano, devemos dobrar esse percentual, principalmente porque em clientes corporativos apenas nós dobramos de tamanho”, declarou.
O executivo comentou o novo cenário montado pelas recentes aquisições do Banco do Brasil. “O mercado brasileiro sempre foi competitivo, a parceria da Mapfre com o Banco do Brasil reforça esse cenário, mas isso não interfere em nosso crescimento. Com a aquisição da Minas Brasil em 2008, avançamos na área de automóveis, e hoje já temos uma carteira com 160 mil veículos segurados”, considerou.
“É importante estar inserido nessa forma de captação, por isso também temos uma parceria com o Banco Mercantil do Brasil, mas ainda representa bem menos de 10% da captação, cerca de 90% vêm de corretores independentes. Em automóveis, é necessário ter escala para competir.”
Para efeito de comparação, o diretor de RI da Porto Seguro, Alexandre Peev, pontuou uma proporção semelhante: “90% são corretores independentes, e 10% da captação vêm das agências do Itaú”, informou Peev.
Na Mapfre, a proporção se alterou com a parceria do BB. “Com a nova parceria com o Banco do Brasil, e a outra que temos com a Caixa Econômica Federal, a captação das agências está em torno de 30%, e os 11 mil corretores, em torno de 70%”, frisou o vice presidente da Mapfre, Dirceu Tiegs.
Purm avaliou ainda a possibilidade de se fazerem novas parcerias com bancos nacionais, mas condicionou a existência de acordos de gestão. “Sim, é possível. Sempre estamos negociando.”
Sobre as tendências do mercado segurador nos próximos anos, o tema da Zurich Conference, realizada no Guarujá (SP), ontem, Purm destacou que sua companhia está investindo no relacionamento com corretores. “Além de automóveis e vida, nós atuamos em outros segmentos. Estamos investindo no relacionamento com nossos corretores principalmente na captação de clientes corporativos”, informou. Purm acrescentou que a abrangência da companhia está em 70% do Brasil: “Agora estamos com 30 filiais e 11 unidades de atendimento ao corretor”.

Fonte: DCI OnLine

Falar agora
Olá 👋
Como podemos ajudá-la(o)?