Venda mundial chega a US$ 215 bilhões
O cenário internacional de resseguros revela boas condições para as empresas que estiverem contratando ou renovando contratos. Segundo estudo “Global Reinsurers 2007”, da Fitch Ratings, divulgado ontem, as resseguradoras tiveram uma performance positiva no ano passado, apesar de as margens de subscrição e o retorno sobre o patrimônio terem apresentado ligeira queda. “Pelo segundo ano consecutivo as resseguradoras tiveram sólidos lucros, beneficiadas por um ambiente de taxas mais flexíveis e gerenciamento de perdas de catástrofes”, diz o estudo. A Fitch acredita que as ressesguradoras continuarão a apresentar um bom resultado em 2008, apesar da concorrência continuar pressionando as margens de subscrição. Ou seja: o cenário continuará bom para as empresas que estão renovando seus contratos ou fechando novas apólices. No Brasil, a situação é ainda melhor. A abertura do setor de resseguros no último dia 17, depois de quase 70 anos de monopólio, deverá gerar redução de preços pela acirrada concorrência no País, que já conta com cerca de 20 resseguradoras inscritas. A mais recente a anunciar a sua chegada foi a Everest, na semana passada. Ela informou em seu site que entrará no Brasil com eventual e pretende mudar o seu estatus para admitida futuramente. Em 2007, os prêmios registrados pela Fitch dos 32 grupos de resseguros pesquisados, somaram US$ 215 bilhões, 13,3% acima dos US$ 190 bilhões de 2006. Desse valor, as resseguradoras na Europa e Ásia participaram com US$ 128 bilhões e as da América do Norte com US$ 86,9 bilhões. Considerando-se os efeitos do câmbio das moedas como libra esterlina e franco suíço em relação ao dólar e o acordo da Berkshire Hathaway para liquidar o run-off (indenizações de contratos antigos) envolvendo asbestos com o Lloyd´s contabilizados duplamente, o crescimento do setor cai para modestos 5%. Neste valor estão incluídos também operações de seguros e bancos, no caso da Munich Re , e do Lloyd´s of London. A Fitch optou por não separar os resultados consolidados e acredita que mesmo assim o estudo reflete a performance do segmento de resseguro de ramos elementares e responsabilidade civil. O resultado de subscrição de riscos apresentou deteriorização, demostrado no índice combinado (prêmios menos indenizações e despesas), que saiu dos 88,5% em 2006 para encerrar 2007 em 90,2%. Nos dois períodos, ressalta o estudo, o resultado foi beneficiado pela baixa freqüência de catástrofes naturais comparado a 2005, quando o setor amargou perdas de US$ 88,5 bilhões. Em 2006 as perdas somaram US$ 16,4 bilhões e no ano passado US$ 27,6 bilhões. O resultado sobre patrimônio (ROE) caiu de 16,4% para 15,5%. Em 2005, recorde de furacões, o ROE foi de 5,1%.
Fonte: www.irb-brasilre.com.br