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Venda de seguros em redes de varejo

Um potencial canal pela sua capilaridade, em um País em que o percentual de população bancarizada ou com acesso a seguros ainda é baixoNo 2º Seminário Direitos e Deveres do Consumidor de Seguros, o presidente da Comissão de Relações de Consumo da CNSeg, Vladimir Freneda, mostrou a grande capilaridade do varejo nacional para a venda de seguros, as oportunidades frente a milhões de brasileiros não bancarizada, novas regulamentações e as oportunidades para o setor.Ele começou a sua apresentação mostrando que no Brasil há mais de 27 mil estabelecimentos varejistas, ao passo que 90 milhões de brasileiros não têm acesso ao seguro e à bancarização. “E nos últimos anos aumentou a oferta de crédito, muito estruturada fora das agências bancárias, pela capilaridade do varejo que tem um importante papel na inclusão financeira”, validou.Segundo ele, é no varejo que este consumidor não bancarizado e sem acesso ao seguro fica à vontade e está mais aberto a novos produtos. “Ele confia no varejo, é mais leal e fiel do que em relação às instituições financeiras, e o mecanismo de oferta de crédito é menos burocrático neste canal”, afirmou, entre outras vantagens.Como resultado, ele apresentou o quanto evoluiu a oferta de produtos no canal varejo, comparando o ano de 1998 com os dias atuais. “Antes, a oferta era apenas de garantia estendida. Hoje, além do garantia estendida, seguros prestamistas; de roubo e perda; roubo e furto de eletrônicos; acidentes pessoais; residencial; odontológico; assistenciais e capitalização, já estão na prateleira do varejo”, comentou, citando a participação de cada um pelos diferentes canais e também o aumento da venda de garantia estendida (Box).Garantia Estendida(Milhões de reais)Nova regrasEm relação aos ajustes regulatórios da venda de seguros no canal varejo, Vladimir Freneda citou a Resolução 296, que disciplina o produto garantia estendida; a resolução 297, que disciplina a figura do representante; e a circular 480, que disciplina o canal varejo.Entre as principais mudanças, ele comentou que as novas regras ampliam a informação ao consumidor; determina maior responsabilidade às seguradoras; aperfeiçoa os mecanismos de controle e de qualificação da força de vendas. Ao mesmo tempo, trazem oportunidades e desafios para o mercado.“Haverá de ter produtos mais adequados às necessidades do público emergente; simplicidade na comunicação e entendimento das condições dos seguros ofertados; agilidade no pagamento dos sinistros; investimento na educação e qualificação da força de vendas; incentivo ao desenvolvimento da educação financeira; e ajustes regulatórios”, pontuou.Para Cristiano Aquino, diretor do Procon/RS, que também participou do painel, “a informação é um direito fundamental do consumidor e as empresas precisam conhecer o seu público para adequá-la. O microsseguro é um desafio e a responsabilidade solidária começa na ponta da relação do consumo”, afirmou.Ele também defendeu a importância do pós-venda, para que o consumidor se sinta protegido e abominou a venda casada. “Essa prática tem que ser evitada, ela é abominável”, finalizou.O 2º Seminário Direitos e Deveres do Consumidor de Seguros aconteceu em Porto Alegre (RS), no dia 27 de março, realizado pelo Instituto Nacional de Educação do Consumidor e do Cidadão (INEC) e pela Revista Consumidor, com o apoio da CNseg.

Fonte: Revista Cobertura

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