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Veja como se prevenir contra roubos de bicicletas

Quando a bicicleta chegou ao Brasil, no final do século XIX, de acordo os primeiros relatos do seu uso em Curitiba e São Paulo, ninguém poderia imaginar que o veículo alcançasse a expansão do seu uso e a sofisticação que tem hoje. Atualmente, há bicicletas à venda no País por preços que podem chegar a R$ 80 mil (com freio a disco hidráulico e transmissão eletronicamente controlada, por exemplo) e a crescente expansão das ciclovias e ciclo faixas tem atraído usuários da “bike”, porém, infelizmente, atrai também um número crescente de assaltantes que visam geralmente as bicicletas mais caras.

De acordo com o site Cadastro Nacional de Bicicletas Roubadas (www.bicicletasroubadas.com.br/), o estado da Bahia ocupa o 9º lugar no ranking de roubos desse veículos, enquanto Salvador fica na 20ª posição entre as cidades. O primeiro lugar está com São Paulo, tanto em termos estaduais como na capital, seguido pelo Rio de Janeiro e Curitiba.

O temor crescente da ação dos ladrões tem levado os consumidores a optarem elos modelos mais baratos. Esta tendência é confirmada por Jailton Santana Eloy, gerente da loja Conexão Bike. Segundo ele, “em cada 10 clientes que atendemos, pelo menos sete afirmam não ter coragem de comprar uma bike cara e optam pelas mais baratas”.

Os preços, na loja, variam entre R$ 400 e R$11.690. No entanto, ele acrescenta que, no mercado de Salvador, há bicicletas que podem custar até R$ 35 mil.

SEGURO. Jailton Santana informa ainda que a preocupação dos compradores de bicicletas em relação aos roubos é maior do que a daqueles que adquirem automóveis. “No caso dos carros, calculo que quatro entre 10 fazem a compra preocupados com detalhes que possam atrair ladrões.”

Paralelamente ao crescimento do roubo, aumenta a procura pelo seguro. De acordo com gerente da loja, “trabalhamos com a Porto Seguro e, aqui, o seguro só é feito para bicicletas que custam a partir de R$ 5 mil.” Ele afirma que as bikes mais caras têm preços altos devido, principalmente, ao fato de serem feitas em fibra de carbono a à sofisticação de modernos componentes eletrônicos.

DICAS. De acordo com o site pedal.com.br, “roubos e furtos de bicicletas acontecem em todos os lugares do mundo. No Brasil temos que tomar mais cuidado, pois existe uma maior ousadia dos ladrões.”

“Algumas dicas que damos precisam ser muito bem avaliadas. Apesar de falarmos em rotas de fugas, lembramos que essa pode ser uma situação estressante e você deve tomar cuidado com o trânsito. Entregar sua bicicleta é muito melhor do que sofrer ou causar um atropelamento. Nunca se deve reagir a um assalto. Sua vida é mais valiosa!”

PREVENÇÃO. Os especialistas ressaltam que “nenhuma tranca é inviolável – não existe solução 100% segura. Parece mentira, mas nem mesmo aquela tranca de aço especial da Nasa, enriquecida com adamandium e criptonita, é inviolável.

Mas não desanime! Trancar sua bicicleta é tão importante quanto trancar sua porta de casa ou seu carro, pois o ladrão sempre vai procurar a opção mais fácil. Saiba que é sempre melhor deixar a bicicleta dentro de um local fechado seguro do que muito bem trancada na rua.”

Outra orientação é evitar escolher uma tranca apenas pelo seu visual supostamente robusto. O que importa é a qualidade do material e não a grossura do metal. Correntes baratas comuns, mesmo as grossas, são facilmente cortáveis com alicates específicos que cabem em mochilas.

Marcas mundialmente reconhecidas são a Kriptonyte e Abus, mas sempre que se interessar por uma marca, pesquise mais informações em sites especializados e nos sites das marcas – essa pesquisa também é importante para saber se houve algum recall daquele modelo e para saber a opinião de quem tem. Outra advertência: não use trancas que usam código ao invés de chave. “Acredite, existem ladrões pacientes em acertar o código, principalmente se você sempre para no mesmo lugar.

Ainda conforme os especialistas, a tranca tipo U-Lock é a opção mais confiável. Trata-se daquele modelo de metal maciço em formato da letra U.

É uma opção que requer muito mais esforço da parte do ladrão para quebrá-la. Para quem vai usar apenas uma tranca, é a melhor opção. A opção mais segura é combinar uma tranca do tipo U-Lock e um cabo de aço grosso e específico para bike.

Por que dois tipos diferentes ? Porque cada uma precisa de uma ferramenta diferente para ser violada, então o ladrão vai precisar carregar mais opções e perder mais tempo. Cuidados que vão além do uso da tranca Os mesmos especialistas aconselham: retire todos os acessórios quando trancar a bicicleta, pois ciclocomputador, luzes de segurança removíveis ou bolsas de selim são facilmente “roubáveis”.

E eis uma dica simples, mas que muita gente esquece: não adianta ter uma tranca de qualidade e prender a bicicleta à uma estrutura frágil. Uma árvore fina ou um bicicletário danificado ou de baixa qualidade, que pode ser facilmente quebrado.

Outro erro comum é não observar se a bicicleta pode ser levantada e retirada do topo de um “poste” mais alto, como aqueles que prendem rede de vôlei.

HOLANDA. Um dos países onde há o maior número de ciclista no mundo é a Holanda. Lá, uma das melhores maneiras de se locomover é sobre duas rodas, até porque p país tem nada menos que 32 mil quilômetros de ciclovias, o que é uma extensão enorme em relação ao pequeno território holandês.

Estima-se que cada holandês tenha pelo menos uma bicicleta, o equivalente a cerca de 16,5 milhões (mesmo número de habitantes) de “magrelas” circulando pelas ruas. Essas ciclovias são equipadas com sinais de trânsito e indicações de como ir de uma cidade a outra pedalando. , Amsterdã (800 mil habitantes) tem 500 km de ciclovias. É mais do que a soma das ciclovias de cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte e Salvador.

Em Amsterdã, segundo a prefeitura da cidade, 40% da população vai trabalhar diariamente de bicicleta, enquanto apenas 20% se dirige até o local de trabalho de carro.

O que fazer após ter a bike roubada:

1. Quando comprar sua bike, peça para o lojista colocar o número do quadro na nota fiscal. Mesmo se sua bike já tiver sido comprada, veja se é possível tirar uma segunda via com essa informação.

2. Tenha a nota fiscal e o número de série do seu quadro guardado em casa. Eles são essenciais para real identificação e uma possível recuperação da bicicleta.

3.Vá até a polícia, informe o roubo e faça um Boletim de Ocorrência (BO). É muito importante para uma recuperação.

4. Cadastre o roubo em http://www.bicicletasroubadas.com.br/ Já houve recuperações através do cadastro e essas são as únicas estatísticas e informações sobre roubos de bicicletas no país.

5. Avise a todas as lojas sobre o roubo, dando as características da bike. 6. Procure nos classificados de internet por bicicletas com as mesmas características que a sua e com preços convidativos. Caso encontre uma que realmente desconfie que é sua, peça maiores orientações para a polícia local.

Fonte: Tribuna da Bahia

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