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Veja a repercussão do novo pacote de concessões

O governo federal anunciou nesta terça-feira (9) a nova fase do Programa de Investimento em Logística (PIL), que vai vai privatizar aeroportos, rodovias, ferrovias e portos, com previsão de investimentos de R$ 198,4 bilhões nos próximos anos. Serão R$ 69,2 bilhões entre 2015 e 2018, e R$ 129,2 bilhões a partir de 2019.  Confira a seguir a opinião de economistas e especialistas em Infraestrutura sobre o pacote:
Paulo Resende, coordenador do Núcleo de Infraestrutura e Logística da Fundação Dom Cabral”É um pacote de R$ 198,4 bilhões, mas que tem algumas coisas infladas. Por exemplo, a ferrovia Bioceânica (que pretende interligar o Centro-Oeste e o Norte do país ao Peru) não tem nem projeto. É de longo prazo, assim como esse pacote de investimentos em rodovias já concedidas. São obras que deveriam estar no projeto executivo há muito tempo, são gargalos. É um pacote que se reduzirá ao longo dos anos. Na minha opinião, o que será debatido será por volta de 60% desse valor”.
Otto Nogami, professor de economia do Insper Instituto de Ensino e Pesquisa”Está vindo em hora tardia. Mas pelo menos dá um certo alento ao setor produtivo, ao investidor, que podem começar a se sentir estimulado em função dessa perspectiva que passa a ter. O lado curioso é que o modelo que esta sendo adotado, a forma como está privatizando em aspas determinados setores da economia, o é o que já vinha sendo utilizado pelo governo Fernando Henrique e foi interrompido no governo de oposição. Dá a impressão que se reconhece que o modelo utilizado pelo atual governo foi falho e que o antigo era o mais razoável para as necessidades do país. O que a gente viu nos últimos anos foi uma bagunça total, porque cada concessão, cada modelo modelo de privatização adotava uma metodologia diferente”.
Márcio Salvato, coordenador do curso de Economia do Ibmec/MG”O governo precisa de recursos privados para fazer investimentos e, hoje, o problema da economia brasileira que está estagnada é a parte de investimentos, que vêm decaindo nos últimos 4 anos. Se a economia não faz alavancagens das suas demandas via investimento, no futuro qualquer crescimento de demanda gera inflação. O que motiva esse novo pacote de concessões é isso. O problema é saber se isso que foi anunciado é suficiente para investimentos. Eu diria que no curtíssimo prazo não resolve o problema,  pois não existem recursos na economia suficientes agora, ao menos recursos nacionais, para alavancar estes investimentos”.

Fonte: G1

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