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Usuários abandonam planos de saúde individuais e migram para os coletivos

O aumento da procura pelos planos de saúde privados coletivos, apontado pelo Caderno de Informação da Saúde Suplementar da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), sugere um movimento causado pelo vínculo empregatício (os funcionários de empresas estão abandonando seus planos individuais para aderirem aos planos oferecidos pela empresa) ou por vínculo associativo (típico dos planos coletivos por adesão).
O Caderno explica que o fato dos reajustes dos planos coletivos não serem definidos pela ANS faz com que esses planos sejam uma opção mais atrativa para as operadoras. A preferência pela comercialização dos planos coletivos é evidenciada, de acordo com o levantamento da Agência, pelo menor número de novos planos individuais registrados em 2008.
Ampla maioria
Neste ano, 222 novos planos individuais foram registrados, em contraste com os 708 novos planos coletivos. Ou seja, o registro de planos coletivos em 2008 corresponde a 76,1% do total de planos registrados.
A opção pelos planos coletivos fica ainda mais acentuada ao se constatar que entre as 1.144 operadoras médico-hospitalares com beneficiários no Brasil, apenas 34 (3%) comercializam somente planos individuais. Em contrapartida, 247 empresas (24%) deixaram de lado os individuais para se dedicarem exclusivamente aos coletivos.
A publicação da ANS mostra que as operadoras de grande porte são as que mais têm optado pelo mercado de planos coletivos, deixando para as de menor porte os planos individuais. Entre as seguradoras, 85,7% de seu total de beneficiários estão em planos coletivos.
A tendência de aumento na participação de planos de saúde coletivos tem sido observada em outros países, além do Brasil. Nos Estados Unidos e no Canadá, os planos coletivos cobrem 94% e 93% dos beneficiários de planos de saúde, respectivamente.
Tendência internacional
Contudo, há diferenças significativas no mercado desses países. Nos Estados Unidos, os planos privados são responsáveis por garantir o acesso da população aos serviços de saúde, sendo que 72% da população é coberta exclusivamente por planos privados. No Canadá, o sistema público tem cobertura universal, cabendo aos planos privados, que cobrem 65% da população, apenas alguns serviços não disponíveis no setor público, como os procedimentos estéticos.
Em outros países como Holanda, Reino Unido, Portugal e Bélgica, os percentuais de planos relacionados aos vínculos trabalhistas são elevados (entre 60% e 76%) e vêm crescendo ultimamente.
O tipo de contratação coletiva não associada à relação empregador-empregado representa 10% do mercado de planos no Reino Unido, e cerca da metade do mercado na Irlanda. Já em países como a Austrália (100%), Espanha (cerca de 70%), Áustria (80%) e Alemanha (94%), predominam os contratos individuais, entre planos privados de saúde.

Fonte: InfoMoney

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