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Um terço das empresas brasileiras tem mulheres como sócias majoritárias

Mais de 7 milhões de empresas brasileiras, o equivalente a 33,4% do total, têm mulheres como donas ou sócias majoritárias do negócio, aponta estudo da Serasa Experian em razão do Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta quinta-feira (8).

Segundo o levantamento, se forem consideradas também as empresas em que mulheres detém alguma participação acionária, ainda que não majoritária, esse percentual sobe para 42%.

Entre as mulheres que integram esse grupo está Cleusa Maria da Silva, que já trabalhou como boia-fria e empregada doméstica antes de abrir o próprio negócio, a Sodiê Doces. A rede de doces e salgados, criada em 2007, possui hoje 300 lojas espalhadas em 12 estados e no Distrito Federal.

“O aumento de mulheres no comando das empresas é uma evolução. Buscamos isso e estamos obtendo, mas ainda tem muita coisa a ser conquistada. Hoje, as mulheres de sucesso, bem-sucedidas, acumulam funções, têm dupla jornada – e muitas vezes sem tempo para elas. Acredito que isso deva diminuir, mas ainda temos muito o que conquistar”

A pesquisa da Serasa mostra também que a maioria das empresas controladas por mulheres estão há pouco tempo no mercado. Segundo o estudo, 37% das companhias com sócias do sexo feminino possuem menos de 5 anos de existência e predominância de 2 anos de idade entre microempresas, pequenas e médias empresas e microempreendedores Individuais (MEIs).

“As sócias, em sua maioria, são jovens adultas com idade de 26 a 45 anos, a maior parte pertencente às classes sociais C e D”, destaca a Serasa.

Aumento do número de mulheres empreendedoras
Nos últimos 3 anos, o país ganhou mais de 1 milhão de novas mulheres empreendedoras, segundo estimativa da Serasa.

“Cada vez mais mulheres têm se lançado como empreendedoras no país, por isso vemos a predominâncias de negócios recentes. O caminho do empreendedorismo feminino é uma das alternativas para aumentar o rendimento ou até ser a principal fonte de renda da família”, afirma o gerente sênior de soluções da Serasa, Fernando Rosolem.

Dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apontam que a participação das mulheres empreendedoras (empregadoras ou que trabalham por conta própria) passou de 21,7% do total de mulheres que trabalham em 2014 para 24,3% em 2017. O aumento foi maior que o dos homens empreendedores, cuja participação subiu de 36,5% para 37,9% dentre os que trabalham.

O aumento do número de MEIs no país também explica parte do crescimento do número de mulheres donas do próprio negócio. O número de mulheres que se registraram como microempreendedoras saltou de 1,3 milhão, em 2013, para 3 milhões, em 2018, um aumento de 124%, segundo levantamento do Sebrae Minas.

E é este grupo que costuma enfrentar as maiores dificuldades nos negócios. Segundo a Serasa, 28% das empresas com mulheres entre os donos apresentam alguma dificuldade financeira. “Essas empresas têm, predominantemente, acima de 5 anos e um risco de crédito médio ou alto”, diz o estudo.

Do total de empresas com sócias do sexo feminino, 12% estão no grupo chamado de “Bom Caminho”, com indicadores financeiros positivos e confortáveis e com tempo de existência acima de 10 anos.

Fonte: G1

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