Um novo atentado custaria US$ 778 bilhões a Nova York
Um atentado terrorista de grandes proporções na Cidade de Nova York, com a
utilização de armas químicas, biológicas ou radioativas, poderia custar US$
778 bilhões em prejuízos segurados (bens que contam com apólice de seguros),
segundo informou a American Academy of Actuaries (AAA), instituição com o
objetivo de estudar o cálculo dos seguros em geral. Michael McCarter,
responsável pelo Subgrupo de Seguros contra Riscos de Atos Terroristas, fez
o prognóstico em uma apresentação sobre terrorismo, realizada na Cidade de
Nova York, na quarta-feira, pela National Association of Isurance
Commissioners.
Estragos inimagináveis
Até mesmo um caminhão de entregas recheado de explosivos poderia causar
quase US$ 12 bilhões em prejuízos em uma cidade tão populosa quanto Nova
York , explicou.
“É possível que os terroristas conseguissem causar estragos maiores que
qualquer um que pudéssemos imaginar”, disse McCarter. Um ataque com armas
biológicas ou radioativas “poderia dificultar ou impossibilitar uma
recuperação da área afetada”, disse o atuário, que estabelece fórmulas para
possíveis pagamentos futuros de seguros.
Nos casos de antrax, em 2001, que se difundiram pelo sistema postal dos
Estados Unidos, o custo para desinfetar superou o valor das propriedades
afetadas, disse McCarter.
O atentado ao World Trade Center e o Pentágono, em 2001, o maior
acontecimento terrorista de todos os tempos, custou US$ 20 bilhões em
prejuízos segurados, segundo o Insurance Information Institute.
A apresentação de quarta-feira, presidida pelo superintendente adjunto de
Seguros de Nova York, Howard Mills, teve o objetivo de estabelecer planos
para futuros seguros contra o terrorismo. Atualmente o governo federal
norte-americano prevê uma salvaguarda para as seguradoras, por meio da Lei
de Seguros Contra o Terrorismo (TRIA, em inglês), mas essa rede de segurança
irá expirar em dezembro de 2007.
McCarter fez as seguintes estimativas para possíveis prejuízos segurados no
setor de atos terroristas para outras cidades; US$ 171,2 bilhões, para São
Francisco, e US$ 42,3 bilhões, para Des Moines, Iowa.
Fonte: Gazeta Mercantil