Turbulência torna capital estrangeiro mais seletivo
A turbulência causada pela crise de inadimplência nas hipotecas de alto risco nos Estados Unidos pode postergar decisões de investimento, fusões e aquisições de estrangeiros no Brasil, pela redução da liquidez internacional. Na avaliação de economistas, o investimento estrangeiro direto (IED) tende a se tornar mais seletivo nos próximos meses, embora não a ponto de prejudicar o crescimento da economia brasileira. Até julho, período anterior às oscilações de mercado, o País acumulou ingressos de US$ 24,448 bilhões em IED, quase batendo a estimativa de US$ 25 bilhões do Banco Central para 2007.
“Se a crise se aprofundar, o preço dos ativos brasileiros deverá cair. Ao mesmo tempo, o Brasil manterá sua economia sólida, até porque acredito que a crise americana ficará restrita à esfera financeira, sem atingir de forma significativa a economia real daquele país. Essa combinação traz um quadro favorável a aquisições de empresas brasileiras”, diz a presidente do banco de investimentos americano AP International, Eveline Gerck.
Fonte: Jornal do Commercio