TED no Rio começa com projetos de jovens promissores; conheça
O primeiro dia conferência TED Global em Copacabana, Zona Sul do Rio, foi dedicado a jovens promessas que foram adotadas pela fundação que organiza o evento. Os chamados TED Fellows – vinte novos pesquisadores e ativistas em áreas diversas – mostraram seus projetos em breves apresentações, de arte urbana a biologia marinha, nesta segunda-feira (6).
Veja projetos que tiveram destaque na apresentação dos TED Fellows no Rio nesta segunda:
Imagine que você é um soldado ferido em uma batalha, disse o jovem cientista de 21 anos, ao começar sua palestra no TED. A situação dramática é um exemplo do campo em que ele imagina que se possa usar o Veti-gel, produto que ele inventou para interromper sangramentos quase instantaneamente. Já autorizado para utilização em animais, ele agora trabalha para o uso em seres humanos.
O sangue começa a coagular em menos de cinco segundos. Nosso material é capaz de parar esse sangramento, disse Joe sobre a ação do Gel. Ele explicou que a substância imita a constituição da Matriz Extracelular, formação externa às células que dá estrutura a elas e age em caso de ferimentos no nosso corpo. Testes feitos com tecido animal impressionaram acadêmicos e jornalistas dos EUA. Clique para assistir ao vídeo.
A meta a longo prazo é ousada. “Em dez anos, espero não apenas prover uma solução instantânea para todos os tipos de sangramentos, mas também um produto que trata feridas sem deixar cicatrizes”, contou Joe ao G1.
Nosso mundo tem muitos super-heróis. Mas muitos deles sofrem por um superpoder: a invisibilidade, disse Thiago Mundano, artista brasileiro, no início de uma das palestras mais aplaudidas do TED Global no primeiro dia. Ele está expandindo a ação que iniciou em 2007. O criador do Pimp my carroça reforma e cria grafites para carroças de catadores de lixo, para aumentar a autoestima e a visibilidade destas pessoas.
Os catadores fazem trabalhos importantes para manter a cidade limpa e promover a reciclagem, e mesmo assim continuam como heróis marginalizados, disse Mundano. Descobri que estes catadores não existem só no Brasil. Argentina, Bolívia, África do Sul, Turquia e até países ricos, como EUA e Japão, também, disse.
Divulgando o projeto pelo mundo e abrindo a iniciativa para ser realizada de maneira independente em qualquer lugar, o que ele chama de Pimpx, ele já reuniu mais de 800 voluntários pelo mundo. Da próxima vez que virem um catador pela rua, reconheça-os, finalizou.
Catherine Crump, advogada e ativista norte-americana.
O trabalho de monitorar as ruas feito pela polícia é importante, mas informações privadas sobre cidadãos que não têm nenhuma relação com o crime estão sendo catalogadas e guardadas pelo governo sem conhecimento das pessoas nos EUA, alertou Catherine Crump no TED.
Com o avanço das tecnologias de localização e monitoramento, a polícia norte-americana controla informações sobre trajetos de veículos e posições de telefones celulares de todos os cidadãos do país, não apenas criminosos. A luta de Catherine é por uma legislação que obrigue o governo e os policiais a apagarem os dados de cidadãos inocentes, que não sejam suspeitos de nenhuma infração.
Já vimos que a polícia usa armas desenvolvidas para guerras para conter protestos nas cidades. O mesmo acontece com ferramentas de localização e monitoramento. Essas informações devem ser privada, disse a advogada.
Fonte: G1