Susep garante que 2008 foi um bom ano
Apesar de todos os contratempos para a economia mundial, o ano foi bom para o setor de seguros e resseguros, “principalmente para agregar valores e estabilizar a agenda para 2009”. A previsão é do Superintendente de Seguros Privados (Susep), Armando Vergílio, durante almoço de confraternização do setor realizado pela Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNSeg), nesta quarta-feira (17), no Rio de Janeiro. Vergílio afirmou que um dos planos para 2009 é trabalhar bastante na área de micro-seguro, categoria direcionada para a população de baixa renda, classes C e D.
O superintendente também destacou a importância do resseguro, que ganhou atenção especial este ano. “Já são cinco resseguradoras locais, 16 admitidas e 20 eventuais, totalizando 41 resseguradoras e ainda há a perspectiva de que, em curtíssimo espaço de tempo, processos que estão sendo analisados possam vir a adicionar 11 ou 15 resseguradoras no país (no mínimo), o que permitirá que o mercado cresça, se fortaleça e se desenvolva”, ressaltou.
Outro assunto destacado por Vergílio foi “as várias normas revistas ao longo do ano”, em especial três delas que, segundo o superintendente, preocupavam o mercado. Vergílio referiu-se ao decreto do presidente Lula que trouxe de volta a viabilidade para a operação de todas as seguradoras especializadas em crédito de exportação; a publicação da MP que mexeu no seguro garantia e, especialmente, a Medida Provisória 451, que diz respeito ao DPVAT, que trata de assuntos como redução de imposto de renda, trazendo medidas benéficas para a coletividade, provendo “equilíbrio muito grande para este segmento de cunho social e principalmente para sua perenidade”.
O superintendente da Susep encerrou sua apresentação afirmando que a crise financeira tem sido uma preocupação, “mas o setor se mantém vigilante e os brasileiros estão mais tranqüilos para passar por essa fase turbulenta”.
Mercado deverá crescer 15%
Apesar da crise financeira mundial, o mercado de seguros deve registrar crescimento de 15% este ano, informou o presidente da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNSeg), João Elísio Ferraz de Campos. Em 2007, o setor de seguros movimentou R$ 50 bilhões. De acordo com o executivo, o mercado segurador “é muito sólido”, pois as aplicações das empresas do setor estão todas em investimentos no país.
Apesar de sugerir que o mercado segurador não deve ser muito atingido pela crise, João Elísio disse que 2009 deverá ter uma taxa de crescimento menor. “Eu acredito que seguro possa crescer menos do que a gente imagina”, comentou, classificando o próximo ano como “complicado”. Para o executivo, o mercado de setor brasileiro ainda é pequeno, e empresas estrangeiras que quiserem crescem, terão de vir para cá.
Também estiveram presentes ao almoço os presidentes da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), Jayme Brasil Garfinkel; da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), Antonio Cássio dos Santos; da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), Luiz Carlos Trabuco Cappi; e o vice-presidente da Federação Nacional de Capitalização (FenaCap), Norton Gables Labes.
Fonte: Monitor Mercantil