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SulAmérica espera novas fusões

A associação entre a Porto Seguro e o grupo Itaú Unibanco deve acelerar o processo de fusões e aquisições no mercado de seguros, na avaliação de Patrick Larragoiti, presidente da SulAmérica, maior seguradora independente do país, com R$ 7,7 bilhões de faturamento em prêmios no ano passado. “Os bancos estão procurando se associar para esta atividade e a negociação da Porto Seguro abre uma oportunidade para a SulAmérica, que já tem acordos com grandes instituições financeiras”, disse Larragoiti. A empresa mantem parceria com o Banco do Brasil desde 1989 e tem entre seus acionistas, desde 2001, o grupo holandês ING.Na avaliação da empresa, que conta com 1,7 milhão de segurados na área de saúde e 2 milhões de apólices na área de automóveis, o mercado segurador no Brasil deverá seguir uma tendência internacional de concentração e os bancos deverão crescer sua participação como canal de distribuição de seguros. No caso da SulAmérica, a venda de contratos em bancos representa atualmente apenas 19%, ante 81% de receita vinda de corretores independentes.
Existem atualmente 1,8 mil operadores para os 41 milhões clientes de saúde privada no País. “Acreditamos que as medidas qualificadoras da Agência Nacional de Saúde provocarão uma aglutinação, em que os grandes grupos do setor incorporarão menores. A SulAmérica se vê como uma consolidadora e está aberta a participar de aquisições e fusões com os outros atores do mercado”, afirmou o diretor de relações com investidores da empresa, Arthur Farme DAmoed Neto.
Larragoiti e DAmoed Neto participaram na noite de anteontem de um encontro com investidores em Belo Horizonte, promovido pela gestora de investimentos DLM, que está ampliando suas aplicações na Sul América. Desde 2007, 46% do capital da SulAmérica é negociado em bolsa. Segundo Larragoiti, o retraimento do mercado internacional aumentou o interesse de investidores brasileiros pelos papéis da empresa. “Na abertura de capital o Brasil representava a origem de 20% do negociado, e atualmente já é 50%”, disse.
Segundo Larragoiti e DAmoed Neto, a SulAmérica deve ter este ano uma expansão mais vigorosa do que a previsão de crescimento de 5% em 2009 feita pela Superintendência de Seguros Privados (Susep). “A indústria de seguros tem características anticíclicas e se aquece em momentos de crise”, disse DAmoed Neto. A SulAmérica faturou em R$ 4,1 bilhões em prêmios no primeiro semestre do ano, uma alta de 12,8% em relação ao mesmo período no ano passado. O lucro líquido da empresa foi de R$ 188,4 milhões no semestre, ou 9,5% a mais. Mais de metade do faturamento vem do segmento de saúde. A área responde por 51% dos prêmios, ante 30% do setor de automóveis.
Se o setor de saúde deve passar por uma fase de concentração, no segmento de automóveis aguarda-se por um crescimento na base física de apólices. “Apenas 30% dos carros novos são segurados, existindo um grande espaço para o crescimento deste vetor”, comentou DAmoed Neto.

Fonte: Valor

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