Setor deve mudar, diz Fenaseg
A necessidade de uma nova reforma da previdência social, as mudanças no seguro de vida e de que forma o setor de seguro e de previdência podem ajudar no desenvolvimento do Brasil foram alguns temas debatidos no III Fórum de Vida e Previdência promovido pela Fenaseg na semana passada. Para João Elísio Ferraz de Campos, presidente da Fenaseg, é urgente uma reforma administrativa que leve o Brasil a um Estado necessário e eficiente. “Precisamos de um sistema previdenciário que proteja igualmente a todos os brasileiros e aumente a poupança interna é fundamental. Não pode haver benefícios sem contribuição”, disse o executivo.
Gazeta Mercantil – O senhor acredita que os presidenciáveis farão uma reforma adequada, dentro do modelo apresentado pelo ex-ministro José Cechin no Fórum?
João Elísio Ferraz de Campos – Os problemas relativos à Previdência Social não são exclusivamente brasileiros. A experiência de países que fizeram reforma da previdência mostra que é preciso estabelecer uma estratégia de transição de longo prazo que une eventuais dificuldades do atual modelo, superando-as no desenvolvimento do modelo futuro.
Gazeta Mercantil – Como o senhor vê o futuro mercado de vida com tantas mudanças?
João Elísio – As mudanças na regulamentação do seguro de pessoas se deram com vistas à sua adaptação às disposições do Novo Código Civil. Foi, também, uma oportunidade para a regulamentação pela Susep dos planos populares e, mais recentemente, dos planos dotais. O futuro vai nessa linha, integrando o seguro de vida ao conceito de previdência, com o dotal, e ampliando sua oferta, com os populares.
Gazeta Mercantil – Qual o principal desafio do setor para elevar as vendas do seguro de vida e de previdência?
João Elísio – O grande desafio continua sendo o de conscientizar as pessoas da necessidade de proteção social que o seguro representa; e a uma distribuição de renda que não confinasse o consumo do seguro a um reduzido contingente da população de renda mais alta.
Gazeta Mercantil – O setor de seguros passa por profundas mudanças, desde a queda das taxas de juros até a nova regulamentação da solvência. Quais os principais desafios para as seguradoras?
João Elísio – O mercado de seguros vem há muito tempo enfrentando vários desafios. Boa parte deles decorrente do processo de modernização do País e de inserção da economia brasileira na economia internacional, e das conseqüências trazidas por esse novo cenário. Isso implica, naturalmente, no conhecimento mais preciso dos riscos assumidos, para que se possa estabelecer uma melhor precificação, garantindo proteção ao segurado, através dos critérios de solvência, das operações das seguradoras. Esse é um processo que demanda, do ponto de vista de todos os envolvidos, atenção e tempo.
Gazeta Mercantil – O setor obteve muitas conquistas nos últimos anos. Poderia citar as principais?
João Elísio – Foram muitas as melhorias. Mas destacaria uma: a isenção do IOF no seguro de vida a partir de setembro. Mas ainda é insuficiente, pois é necessário extinguí-lo, e não somente nesse, mas em todos os outros tipos de seguro. O famoso economista italiano, Franco Modigliani, quando em visita ao Brasil, explicaram-lhe o que era o IOF, ele comentou: extraordinário, vocês conseguiram inventar um imposto que, ao mesmo tempo, pune a poupança e o investimento.
no seguro de vida e de que forma o setor de seguro e de previdência podem ajudar no desenvolvimento do Brasil foram alguns temas debatidos no III Fórum de Vida e Previdência promovido pela Fenaseg na semana passada. Para João Elísio Ferraz de Campos, presidente da Fenaseg, é urgente uma reforma administrativa que leve o Brasil a um Estado necessário e eficiente. “Precisamos de um sistema previdenciário que proteja igualmente a todos os brasileiros e aumente a poupança interna é fundamental. Não pode haver benefícios sem contribuição”, disse o executivo.
Gazeta Mercantil – O senhor acredita que os presidenciáveis farão uma reforma adequada, dentro do modelo apresentado pelo ex-ministro José Cechin no Fórum?
João Elísio Ferraz de Campos – Os problemas relativos à Previdência Social não são exclusivamente brasileiros. A experiência de países que fizeram reforma da previdência mostra que é preciso estabelecer uma estratégia de transição de longo prazo que une eventuais dificuldades do atual modelo, superando-as no desenvolvimento do modelo futuro.
Gazeta Mercantil – Como o senhor vê o futuro mercado de vida com tantas mudanças?
João Elísio – As mudanças na regulamentação do seguro de pessoas se deram com vistas à sua adaptação às disposições do Novo Código Civil. Foi, também, uma oportunidade para a regulamentação pela Susep dos planos populares e, mais recentemente, dos planos dotais. O futuro vai nessa linha, integrando o seguro de vida ao conceito de previdência, com o dotal, e ampliando sua oferta, com os populares.
Gazeta Mercantil – Qual o principal desafio do setor para elevar as vendas do seguro de vida e de previdência?
João Elísio – O grande desafio continua sendo o de conscientizar as pessoas da necessidade de proteção social que o seguro representa; e a uma distribuição de renda que não confinasse o consumo do seguro a um reduzido contingente da população de renda mais alta.
Gazeta Mercantil – O setor de seguros passa por profundas mudanças, desde a queda das taxas de juros até a nova regulamentação da solvência. Quais os principais desafios para as seguradoras?
João Elísio – O mercado de seguros vem há muito tempo enfrentando vários desafios. Boa parte deles decorrente do processo de modernização do País e de inserção da economia brasileira na economia internacional, e das conseqüências trazidas por esse novo cenário. Isso implica, naturalmente, no conhecimento mais preciso dos riscos assumidos, para que se possa estabelecer uma melhor precificação, garantindo proteção ao segurado, através dos critérios de solvência, das operações das seguradoras. Esse é um processo que demanda, do ponto de vista de todos os envolvidos, atenção e tempo.
Gazeta Mercantil – O setor obteve muitas conquistas nos últimos anos. Poderia citar as principais?
João Elísio – Foram muitas as melhorias. Mas destacaria uma: a isenção do IOF no seguro de vida a partir de setembro. Mas ainda é insuficiente, pois é necessário extinguí-lo, e não somente nesse, mas em todos os outros tipos de seguro. O famoso economista italiano, Franco Modigliani, quando em visita ao Brasil, explicaram-lhe o que era o IOF, ele comentou: extraordinário, vocês conseguiram inventar um imposto que, ao mesmo tempo, pune a poupança e o investimento.
Fonte: Gazeta Mercantil