Seguro de crédito à exportação cresce 34%
Algumas seguradoras já verificaram procura maior pelas apólices, principalmente por empresas que querem exportar para os Estados Unidos. Com o aperto de crédito por lá, em meio à crise gerada pelas hipotecas subprime, cresceu o temor da dificuldade de solvência das companhias americanas.
“Temos tido uma enorme demanda para a cobertura de operações nos EUA, principalmente para os mercados ligados ao setor imobiliário, pois a instabilidade gerada fez com que os exportadores brasileiros ficassem alertas aos problemas e as possíveis conseqüências que isso traria para suas vendas”, afirma o Valmir Forni, diretor da Seguradora de Crédito do Brasil (Secreb), a segunda maior do mercado. Números preliminares indicam um aumento de 15% nas vendas na Secreb em janeiro.
A Crédito y Caución, seguradora espanhola que chegou ao Brasil no ano passado, também vem notando este movimento. Segundo Jesús Angel Victorio Cano, presidente da companhia no Brasil, desde o final do ano passado, empresas que não costumavam fazer esse tipo de seguro passaram a procurar a seguradora. “Companhias americanas se vêem afetadas em sua capacidade de solvência e as empresas nacionais precisam ficar de olhos abertos”, diz o executivo.
Os EUA são o maior comprador do Brasil. Em 2007, 16% das nossas exportação foram para lá. Dos US$ 160 bilhões vendidos ao exterior, US$ 29 bilhões foram para o mercado americano.
Fonte: Valor