Seguro de carro sobe até 20%
Ao contrário do que estavam prevendo especialistas, a entrada em vigor da Lei Seca, em junho do ano passado, não fez com que os seguros de veículos registrassem queda na cidade. Nem mesmo a redução, em torno de 15%, no volume de veículos furtados em Juiz de Fora, este ano, influenciaram na redução dos valores. Os juizforanos que tentaram renovar o seguro encontraram preços até 20% mais caros, mesmo em casos em que não ocorreram sinistros ao longo do ano (quando normalmente ocorre uma redução em torno de 5% até chegar do desconto máximo de 35%).O aposentado Edison Gomes Oliveira renovou, esta semana, o seguro de seu automóvel Polo e levou um susto quando conheceu o novo valor, que passou de R$ 1.159 para R$ 1.333, um aumento de 15%. “Todo ano, sempre tenho uma redução, mas, nesse, me surpreendi com a alta. Não acionei o seguro, e meu carro já desvalorizou cerca de R$ 17 mil nos últimos dois anos”, queixou-se. No entanto, acabou tendo que arcar com o custo extra. “Não vou me arriscar ficando sem.”Outra motorista, que preferiu não se identificar, pagava R$ 792 no seguro de seu Ford Ka e, no último mês, surpreendeu-se com um valor 17% maior, chegando a R$ 925. Diante da situação, que não estava nos seus planos, preferiu ficar sem cobertura e renovar apenas em março, quando acaba de quitar o veículo. “É um risco que a gente corre, mas esse valor é um absurdo. Nunca precisei acionar o seguro e, todo ano, tinha uma queda. Não entendo o motivo. De acordo com o corretor de seguros Odenir Antunes, os aumentos estão variando entre 10% e 20%, o que representa um custo maior de R$ 100 a R$ 300. “As seguradoras atribuem a alta ao aumento do número de acidentes. Outro fator é que elas lucram também com os juros, que tiveram queda este ano. Todas elas aumentaram seus preços”, conta. Outro fator que entra na composição dos preços é a tabela da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que registrou uma desvalorização média de 14% nos preços de veículos este ano. diretor da Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenseg), Neival Freitas, explica que, no país, houve redução de acidentes, mas o volume de furtos puxaram os valores para cima. Sem citar percentuais, afirma que cada seguradora tem liberdade para aplicar seus preços e avaliar as características específicas de suas macrorregiões, como número de acidentes, furtos, entre outros. “Os preços vão de acordo com cada seguradora, mas elas costumam praticar preços parecidos, por conta da concorrência.
Fonte: AIDA